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Juíza suspende prescrição de ações sobre acidente que matou Eduardo Campos


 

A família do político contesta relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que apontou falha humana e condições meteorológicas adversas como possíveis causas da queda

  • Agência Brasil

Publicado em 04/08/2017 às 18:02:06
Atualizado em 17/04/2023 às 09:39:05
. Crédito: (foto: twitter)

A juíza Alessandra Nuyens Aguiar Aranha, da 4ª Vara Federal de Santos, município no litoral de São Paulo, interrompeu o prazo de prescrição para ações judiciais sobre o acidente de avião que matou o então candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB), em agosto de 2014. Os processos prescreveriam no dia 13 de agosto deste ano.O pedido foi feito pela mãe de Eduardo Campos, Ana Lucia Arraes de Alencar, e pelo irmão Antônio Campos. A família contesta relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que apontou falha humana e condições meteorológicas adversas como possíveis causas da queda.Os familiares argumentam, segundo a decisão, que o Relatório de Investigação do Controle do Espaço Aéreo (RICEA) “teria demonstrado certos equívocos naquela conclusão pericial”, e que pediram à Aeronáutica o acesso ao RICEA, o que teria sido negado.A juíza argumenta que a mãe e o irmão de Campos “sustentam terem o direito de saber a verdade, por meio de provas que esclarecerão as reais causas do sobredito acidente aéreo, inclusive para promoverem as ações cíveis cabíveis”.Com a decisão, as ações contra a União e a fabricante da aeronave, a Cessna Aircraft Corporation, ganham mais prazo para serem julgadas.A juíza da 4ª Vara Federal de Santos também solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) que sejam produzidas provas antecipadas a respeito do caso.Eduardo Campos, que deixou o cargo de governador de Pernabuco para concorrer à presidência em 2014, ia para Santos participar de uma atividade de campanha a bordo do jatinho particular Cessna Citation 560 XL, prefixo PR-AFA. A aeronave caiu antes do pouso. Mais seis pessoas morreram no desastre.A reportagem tentou contato com o advogado da família Campos, José Henrique Wanderley, mas as ligações não foram atendidas. A reportagem também não conseguiu contato com o irmão do ex-governador, Antônio Campos. A Aeronáutica foi procurada para se pronunciar a respeito da contestação do relatório, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.Com informações da Agência Brasil.