Juntos somos mais fortes!

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  • D
  • Da Redação

Publicado em 4 de março de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

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A crise da covid 19 revelou a necessidade do entrelaçamento do trabalho dos profissionais de saúde a muitas outras profissões, via de regra consideradas acessórias dentro das organizações, mas que se revelaram essenciais para assegurar o êxito das estratégias de contenção da pandemia. Decerto, a rede que integra o sistema de saúde se mobilizou de forma extraordinária com o objetivo maior de salvar vidas e informar a necessidade da autoproteção. Esses agentes de saúde, associados às instituições públicas de poder, tiveram que contar com profissionais que compreendessem dos mecanismos simbólicos e estruturais de maneira a assegurar uma mobilização rápida e coletiva, dada a urgência de criar um sentido comum para a comunidade global, comunicando essencialmente a ideia de que se manter em casa significaria também manter erguida a nossa casa interior.

Tais profissionais, que trabalham discretamente criando novos mecanismos de discursos, simplificando a palavra dos cientistas, buscando a melhor maneira de fazer com que a mensagem alcance diferentes gerações e proteja ao mesmo tempo netas e netos, avós e avôs, são os comunicadores. Tal qual ocorreu em muitas profissões, estes especialistas tiveram que inventar novas maneiras de gerar sentido diante de uma demanda de comunicação urgente e totalmente inédita.

Reconhecimento público não é comum para esta categoria, cujos profissionais trabalham situados junto às lideranças institucionais – como dirigentes, empresários, prefeitos, governadores e ministros. Profissionais de comunicação, geralmente, atuam à sombra porque o resultado do trabalho de muitas categorias só pode ser percebido pela sociedade por meio de suas mãos. Estas que moldam um movimento de visibilizar que é próprio da categoria, revelando a dimensão generosa intrínseca às práticas que compõem este ofício.

No contexto pandêmico, podemos refletir sobre o trabalho dos comunicadores cada vez que formos afetados por cartazes com os inscritos “Vacina sim!” ou, de maneira subliminar, por mensagens que indicam o sentido de que unidos somos mais fortes. Reconheçamos que, implícitas a estas mensagens, há a demanda pela instauração de uma dinâmica social que pulsa pela integridade da atuação das partes implicadas. Dinâmica esta que reivindica a herança que nos foi dada por Exu, na medida em que compreendemos que toda a força do que virá depois depende primeiro da conectividade entre as pessoas. Porque a luta contra essa pandemia foi uma questão de saúde publica, mas também uma questão de comunicação no sentido primeiro da palavra, que é conectar. Porque, enfim, juntos somos mais fortes!

Renata Dias é comunicadora e diretora geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia; Mamadou Gaye é comunicador e diretor da Aliança Francesa Salvador – Bahia.