Justiça concede liberdade provisória e Cátia Raulino deixa a prisão

Falsa jurista foi presa em março em Florianópolis. Ela retorna para SC, onde ficará na casa dos pais, mas prestará contas mensalmente à Justiça

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  • Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2021 às 19:48

- Atualizado há um ano

. Crédito: Nara Gentil/Correio

A Justiça concedeu, nesta sexta-feira (14), a liberdade provisória para Cátia Raulino, investigada pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica. Cátia lecionava em cursos de direito, em faculdades de Salvador, sem ter o diploma de graduação e de comprovação dos cursos que disse possuir. Ela ainda responde por plágio de artigos e trabalhos acadêmicos de alunos.  Logo após a decisão, Cátia deixou o prisão. Agora, ela retorna para a residência dos pais em Santa Catarina, já que esse foi o endereço informado à Justiça. Em março, Cátia foi presa justamente em Santa Catarina, na cidade de Florianópolis. A decisão da liberdade provisória foi concedida após a suspensão da audiência que estava marcada para esta sexta-feira. A suspensão ocorreu por questão de ordem processual. De acordo como o MP foram incluídos novos crimes na petição inicial, com isso, os advogados da investigada ganham um novo prazo para montagem da defesa, diante de fato novo. O MP não informou quais os novos crimes incluídos no processo. Ainda segundo a decisão desta sexta, Cátia deve comparecer mensalmente à Justiça para informar e justificar suas atividades. Isso deve ocorrer até o 10º dia de cada mês, além da obrigação de comparecer a todos os atos do processo para os quais for intimada. Presa desde março À época da prisão, a investigação da Polícia Civil apontou que a falsa jurista havia fugido para Florianópolis. O inquérito foi encaminhado à Justiça em outubro do ano passado pela 9ª Delegacia (Boca do Rio), em Salvador, e ela foi localizada após um contato da polícia baiana com a catarinense. Após a prisão, foi transferida para Salvador. Após desembarcar na Bahia, uma decisão da juíza Virgínia Silveira Wanderley dos Santos Vieira, da 2ª Vara Criminal Especializada de Salvador, manteve a prisão preventiva alegando aspectos: Primeiro, a possibilidade da ré destruir as provas dos crimes que supostamente praticou e o risco de uma mudança sem comunicação ao juízo, o que indicaria uma "tentativa de esquivar-se de seus atos, possivelmente, criminosos". Em bom português, a prisão foi mantida para não haver risco de uma tentativa de fuga.