Justiça dos EUA não vê crime em diretora filmada agredindo aluna de 6 anos

Mãe teria concordado com punição

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  • Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2021 às 08:17

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Após investigação, promotores da Flórida, nos Estados Unidos, concluíram que a diretora filmada agredindo uma aluna de 6 anos não cometeu crime. Com isso, a educadora não responderá judicialmente pelo ato contra uma criança latina.

A promotoria chegou a essa conclusão após descobrir que a cena em que Melissa Carter usa um pedaço de madeira para bater na bunda da menina foi filmada pela mãe da criança. De acordo com o subprocurador-chefe adjunto do estado Abraham Thornbury, a matriarca teria permitido a agressão. 

No entanto, a mãe parece ter se arrependido e divulgou as imagens denunciando o episódio, ocorrido em 13 de abril na escola primária Central, em Clewiston.

O 'castigo' teria sido aplicado após a menina causar danos a um equipamento de informática da escola. A mãe teria sido cobrada em 50 dólares para ressarcir o colégio. 

Na ligação telefônica, a funcionária Cecilia Self disse que a aluna do primeiro ano havia danificado o computador propositalmente, ao que a mãe, Fabiola Rivera, respondeu que a filha também estaria quebrando itens em casa.

Foi neste momento, segundo Thornbury, que a mãe pediu que a escola punisse a menina com agressão física. A funcionária teria explicado que para isso ocorrer ela deveria se dirigir ao local e estar presente na sala durante o espancamento.

Com o pedaço de madeira, a criança foi atingida três vezes nas nádegas e, em seguida, foi avisada que aquela medida poderia ser adotada novamente caso fosse necessário. A menina também ouviu exigências que pedisse desculpas e se comportasse direito

“Ambas integrantes a equipe parecem tratar a criança e sua mãe com respeito durante todo o processo”, escreveu Thornbury no documento, lembrando que, na Flórida, os pais têm permissão legal para usar castigos físicos nos filhos e repassar a medida a outras pessoas.

"Em nenhum momento durante o vídeo do incidente a Sra. Rivera levantou qualquer objeção ao que está acontecendo, por palavra ou ato de qualquer forma, corroborando ainda mais os relatos da Sra. Self e da Sra. Carter", diz o memorando. "Perto da conclusão do vídeo, quando a Sra. Rivera está saindo do escritório, ela pode ser claramente ouvida dizendo 'obrigada' à Sra. Carter e à Sra. Self."

Para Thornburg, o vídeo divulgado pela mãe "resultou em um relato incompleto e enganoso do incidente".

O advogado da mãe, por outro lado, disse à "NBC 2" que ela não tem documentos e teme ser deportada. Inicialmente, Fabiola Rivera disse aos policiais que, por sua primeira língua ser o espanhol, ela ficou confusa a princípio, sem entender o que estava acontecendo.