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Esquema foi investigado após denúncia de que grupo teria se imunizado às escondidas
Publicado em 1 de abril de 2021 às 15:02
- Atualizado há um ano
Um laudo da Polícia Federal confirmou que as "vacinas" tomadas por empresários dos transportes em Minas Gerais se tratavam, na realidade, de soro fisiológico. O material periciado foi apreendido na casa da cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas, que foi apontada como responsável por fazer as aplicações, segundo a GloboNews.
“Os resultados dos exames são compatíveis com a descrição contida no rótulo do produto, ou seja, que o mesmo se trata de produto farmacêutico denominado soro fisiológico (solução cloreto de sódio)”, aponta o laudo, que foi obtido por reportagem da emissora.
A falsa enfermeira foi presa ontem. A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dela, apreendendo materiais médicos e grande quantidade de soro fisiológico.
Além dela, foram presos em flagrante o filho, Igor Pinheiro, e um homem que estava no local no momento da operação. Todos foram levados para a Superintendência da PF para serem ouvidos.
A cuidadora aparece em um vídeo que foi feito por um vizinho de uma garagem de ônibus. As imagens mostrariam empresários e políticos sendo vacinados em sigilo, descumprindo a ordem de prioridade do país. O imunizante seria da Pfizer, segundo reportagem da revista Piauí, que denunciou o esquema. A fabricante negou e lembrou que doses da sua vacina nem circulam no Brasil ainda.