Laudo indica que congolês pode ter agonizado por 10 minutos antes de morrer

Uma das agressões causou hemorragia no pulmão de Moïse, que gerou asfixia

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  • Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 17:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Espancado até a morte, o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, sofreu traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, provocado por ação contundente, na noite de 24 de janeiro. O laudo pericial em conjunto com imagens de uma câmera de segurança do quiosque demonstram que ele foi vítima fatal de espancamento, com hematomas pelo corpo e uma repercussão das agressões no pulmão, o que causou hemorragia.

Em casos como esse, a aspiração do sangue leva a dificuldade respiratória, como em uma asfixia, e, por isso, a morte não acontece de maneira imediata. O tempo estimado de sofrimento respiratório é de 10 minutos, tempo em que ele agonizou antes de morrer. O laudo de exame de necropsia feito em Moïse no Instituto Médico-Legal (IML) foi acessado pelo O GLOBO.

As imagens em vídeo mostram que a briga entre Moïse e pelo menos cinco homens começa por volta de 22h25. Ele é agredido por pelo menos quatro homens com socos, chutes e mais de 30 pauladas. Após cerca de 30 minutos, os criminosos aparecem ainda tentando reanima-lo, sem sucesso.

Segundo o inquérito, o corpo de Moïse foi encontrado por policiais militares ainda amarrado, no chão, próximo ao quiosque Tropicália. Ele prestava serviço pontualmente no local servindo mesas na areia e, segundo parentes, pretendia tentar cobrar pagamentos atrasados quando acabou sendo morto.