Lições da covid-19: qual a oportunidade de aprendizado com a crise?

Confira a opinião de representantes da indústria baiana

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  • Do Estúdio

Publicado em 25 de maio de 2020 às 06:03

- Atualizado há um ano

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“Eu acredito que ficou muito claro que a globalização precisa ser revisitada em todos os países, no seu encadeamento produtivo e na sua sustentabilidade. Ela continuará sendo importante. O mundo continuará a ser uma aldeia global, mas existem aspectos que precisam ser revistos”  - Ricardo Alban, presidente da Fieb

“São muitos aprendizados. Este é um momento bastante difícil, mas que nos traz algumas mensagens. Acredito que a principal é mostrar que nós podemos nos superar sempre. Um exemplo disso é o novo modelo de trabalho, flex, de casa, com produtividade. E este momento ratifica a importância do nosso setor. O plástico e a petroquímica são importantes para salvar vidas. Também vejo que a gente tem a oportunidade de se levar ao limite e inovar em momentos desafiadores” - Carlos Alfano, diretor Industrial da Braskem

“Essa crise veio de maneira que todos tivemos que nos reinventar. Apesar da distância, nos aproximamos virtualmente, o que cria uma outra forma de trabalho, que permite mais aproximação das famílias pelo home office. Acredito que esses hábitos de higiene serão duradouros. E tem o que é o lado mais bonito em meio a todo este horror, que é a solidariedade. Estamos vendo de grandes empresas até pessoas comuns se movendo para apoiar” - Sandro Magalhães, vice-presidente de Operações Brasil e Argentina da Yamana Gold

“Eu acho que é a necessidade de aprendermos a trabalhar juntos, pensar menos só na gente. É hora de ter a cabeça mais voltada para o conjunto e menos na nossa individualidade. Como negócios, temos que redimensionar tudo, saber que poderemos sair um pouco mais pobres, machucados, mas vivos. Acho que esse momento escancara a necessidade de pensarmos mais nas pessoas. Como negócios, precisamos pensar em tudo o que nós podemos enxugar” - Hari Hartmann, Polo Salvador

“Foi o entendimento de que precisamos estar sempre prontos para mudar de foco imediatamente. Esse foi o grande segredo para nós. Se a gente ficasse batendo na mesma tecla, poderíamos até ter quebrado. E outro fator de sucesso foi a conscientização dos funcionários, todos têm me ajudado muito” - Sergio Tude, Planeta Fardas

“Eu vejo um reforço na percepção da importância da comunicação. Este é um momento em que as pessoas às vezes entram em delírio e começam a imaginar coisas. Qualquer informação incorreta causa um estresse muito grande, então para mim um reforço do que já acreditamos é a necessidade de comunicar bem como empresa. É o que vamos tirar disso como empresa. Quanto melhor a gente comunicar, mais tranquilo fica o grupo para continuar operando” - Guilherme Araújo, diretor-geral da Bracell na Bahia

“O planejamento nunca é demais e a lealdade dos empregados se vira como uma força que ajuda a empresa a resolver os seus problemas. Essa parceria é algo que acontece sempre, mas que tem se mostrado muito proveitosa neste momento de pandemia” - Diego Arango, diretor do site da DOW em Aratu

“O primeiro aprendizado é que temos que encontrar oportunidades nas dificuldades, como a gente tem feito. É importante a gente não desanimar. Em um momento como este, temos que nos adaptar o mais rápido que nós pudermos, entendendo que tudo é válido – renegociações, reengenharia – para preservar o negócio” - Alberto Costa Neto, diretor-executivo da Larco

“Quando a gente está unido com o objetivo comum, conseguimos mobilizar a empresa de uma maneira muito eficiente. Nós conseguimos entender também que podemos fazer as coisas darem certo mesmo com bastante simplicidade” - Patrícia Rosado, diretora de RH, SSMA, Comunicação e Sustentabilidade da Bamin

“Esse momento oferece o aprendizado de que a única certeza é a mudança, frase que minha sócia Edza Brasil usou quando abrimos a Singular Pharma (empresa-irmã da Martins Brasil) para inovar nos mercados de farmácias de manipulação e bem-estar. Novamente, estamos sendo obrigados a fazer diversas mudanças e, graças à cultura da empresa de abertura à inovação, estamos conseguindo sem maiores percalços. Com certeza, muitas dessas mudanças foram positivas e vieram para ficar - ou pelo menos até surgirem novas demandas de mercado que nos tirem da zona de conforto” - Bruno Brandão, diretor e sócio do Grupo Singular Pharma

“O primeiro trimestre foi marcado por dois momentos. O desempenho pré-covid-19 foi em linha com o esperado. Com a chegada da pandemia, o quadro mudou. Tivemos que nos adaptar a essa realidade pra lidar com o curto prazo, mas sem perder de vista as iniciativas-chave para sairmos mais fortes dessa crise: acelerar nossas principais apostas de inovação, estar ainda próximos dos consumidores de formas inovadoras, como as lives, e fortalecer nossos canais digitais” - Lucas Lira, diretor de Finanças e Relações com Investidores da Ambev

“O conjunto de difíceis experiências vivenciadas devido a pandemia, surpreendentemente deixará um grande legado no meio empresarial, tanto no convívio com as tecnologias de comunicação à distância, como no relacionamento mais solidário e participativo com os colaboradores, na certeza que juntos superaremos os obstáculos que se apresentarem” - Carlos Marden, presidente do Sinduscon-Ba

"A certeza de que não se chega a lugar algum sozinho. Estamos vivendo uma guerra e só com a união entre entidades públicas e privadas e o apoio irrestrito da sociedade civil conseguiremos vencer o inimigo. Sairemos ainda mais fortes, unidos e criativos, prontos para juntos enfrentrarmos o que quer que o futuro nos reserve" - Mariana Lisbôa, gerente Executiva de Relações Corporativas da Suzano

“Aprendemos com isso tudo que o fortalecimento das camadas de proteção, diante da análise preliminar de risco, que faz parte da nossa rotina como forma de preservação da vida, é o caminho que devemos continuar a seguir” - Elton Senne, diretor Executivo Operacional da EPMAN Manutenção e Serviços Industriais

“Um dos principais aprendizados foram os benefícios de novas ferramentas digitais, que agilizaram e facilitaram nosso trabalho. Aprendemos a trabalhar juntos e manter o fluxo de decisões da empresa através do home office e reuniões de videochamada. Passamos também a tomar decisões importantes com mais agilidade e refazer planos rapidamente. Independentemente do resultado, nossa maior prioridade passou a ser que as pessoas estejam em casa e com saúde” - Hisbello Lima Neto, presidente do grupo Raymundo da Fonte

Conteúdo especial do projeto Indústria Forte, iniciativa do CORREIO, com o patrocínio do Hapvida, Sotero Ambiental e Yamana Gold, apoio da Claro, FIEB e Larco e parceria do Sebrae