Limpurb faz força-tarefa para retirada de baleia de 39 toneladas da praia de Coutos

Essa é a décima baleia que encalha no litoral baiano em 2019

Publicado em 30 de agosto de 2019 às 13:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Secom

Vinte e dois agentes da  equipe de operações especiais da Limpurb estão numa força-tarefa para a retirada da carcaça de baleia jubarte que está encalhada na praia de Coutos, numa ação em conjunto com o Instituto Baleia Jubarte. O animal possui 39 toneladas, distribuídas em 14 metros, e encalhou na praia de Coutos, na manhã desta sexta-feira (30). A baleia, que morreu cerca de três horas depois de ficar presa às pedras, é a décima a encalhar no litoral baiano em 2019.

O trabalho dos agentes da Limputb é feito com a utilização de facas de açougue para retalhar a carcaça e assim poder fazer o transporte até o caminhão e o Aterro Metropolitano. “Todos os nossos agentes estão devidamente padronizados com equipamentos de proteção individual, como máscara, luva, bota e óculos, para garantir a segurança de cada um”, destacou o presidente da Limpurb, Marcus Passos. 

Na operação, estão sendo utilizados três caminhões e uma caixa coletora de 5m³. A previsão é que os trabalhos sigam até a maré continuar baixa, ou seja, por volta das 15h. Após esse horário, a ação será retomada amanhã, a partir das 7h30, com uma equipe reforçada de 44 agentes. A operação deve turar até dois dias.

De acordo com a bióloga Luena Fernandes, do Instituto Baleia Jubarte, um filhote de baleia também apareceu morto nas proximidades - na Praia de Alvejados, em Plataforma -, nesta quinta-feira (29), mas a carcaça ainda não foi resgatada - está sendo acompanhada pelo instituto. Com o filhote, seriam 11 encalhes neste ano, no litoral baiano.

“Essa [a de Coutos] é uma baleia adulta e encontramos ainda viva, por volta de 7h30. Pensamos em articular um resgate mas, infelizmente, ela acabou falecendo”, relatou a bióloga, ao informar que recebeu o chamado às 5h.

O Insitituto Baleia Jubarte realizou uma avaliação externa e coletou amostras biológicas do animal. Ainda assim, Luena disse que as condições corporais do mamífero marinho é boa, que o animal não estava debilitado e que não há marcas visíveis de que tenha sofrido um atropelamento.

Ainda não é possível precisar a causa da morte, mas, na avaliação da bióloga, pode ter sido por conta das dificuldades causadas pelo encalhe. "O encalhe tem uma pressão grande sobre o animal. Pelo peso de 39 toneladas, há muita dificuldade de sobreviver ficando fora da água. Não sabemos exatamente quanto tempo ela ficou fora da água, mas qualquer minuto fora da água já é muita coisa para uma baleia nesse tamanho", explica.

A bióloga informou ainda que a partir dos exames e análises realizados com as coletas de material da baleia será possível  chegar à causa da morte. "Mas é importante deixar claro que o fato de encalharem é algo natural, não há aí um indício de extinção”, afirma.