Logística 4.0: um salto de produtividade

Quarta revolução industrial transformou a forma de trabalho da indústria

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  • Do Estúdio

Publicado em 25 de maio de 2019 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Segurança, transparência, redução de tempo e custo. Os pilares que juntos pareciam ser utópicos em grandes empresas há até poucos anos, hoje são bastante plausíveis com o auxílio das novas tecnologias oriundas da quarta revolução industrial.

 A Indústria 4.0, apresentada em 2011 durante a Feira de Hannover, na Alemanha, chegou para transformar a forma de trabalho dos mais diversificados segmentos, inclusive na logística. Big data, automação, biometria, inteligência artificial e uma série de outras abordagens disruptivas agilizaram as operações, proporcionando um salto na produtividade.

Um cenário onde os dados se cruzam com mais precisão e acerto, os terminais operam em sintonia tecnológica, as informações são obtidas e trocadas de forma simples, transparente e acessível. Os sistemas se comunicam, o acesso é inteligente e a gestão passa a ser feita através de indicadores dinâmicos online e em tempo real.

“A necessidade de transparência na cadeia de suprimentos, a gestão de todos os processos online e full time associada à necessidade de mão de obra direcionada à inovação, trouxe para o dia a dia da logística conceitos importantes como a internet das coisas, integração de sistemas, cloud computing, análise da Big data, entre outros”, explica Patrícia Iglesias, diretora comercial do Terminal de Contêineres de Salvador. Patrícia Iglesias, diretora comercial do Terminal de Contêineres de Salvador (Foto: Divulgação) A coleta de dados se aprimorou. “Anteriormente a produção em massa era o principal objetivo, agora, além da produção em série, os equipamentos e máquinas operam de forma independente, sendo capazes de coletar e analisar dados e direcioná-los da melhor forma para que cooperem com os colaboradores e profissionais envolvidos”, conta Iglesias.

A logística, nesse ponto, continua sendo uma base importante para o processo produtivo, pois racionaliza a dinâmica da cadeia de suprimentos, buscando que o produto certo seja entregue no momento exato, no local e nas condições adequadas “e, talvez o mais importante, com o custo certo e viável”, completa a diretora comercial do Tecon Salvador.

Cuidados Para alcançar um melhor resultado na implementação das novas tecnologias, a automação inteligente de processos produtivos deve ser realizada de forma gradual. É preciso considerar, de acordo com Patrícia, a interação com clientes, colaboradores, fornecedores e meio ambiente. 

Levando em consideração que os conceitos da Indústria 4.0 criam muito mais uma cultura que um procedimento, para ela, faz sentido que tudo comece pelo lado humano. “O processo de inovação deve ter início na gestão dos recursos humanos da companhia. A partir deste ponto, os profissionais passam a se sentir engajados ao transformar o ambiente em que trabalham. Além disso, inovar tem sempre o objetivo de otimizar tarefas e processos, os tornando mais competitivos”, pondera a diretora.

Salvador Parte do Grupo Wilson Sons, o Terminal de Contêineres de Salvador tem operado em sintonia tecnológica. Para garantir atendimento logístico portuário de excelência, o Tecon possui sistemas de automatização e de atendimento ao cliente de forma digital. “Sem perder a humanização que a gestão dos dados necessita para que sua qualidade seja legítima e verdadeiramente inteligente”, ressalta a executiva.

Alguns exemplos de tecnologias aplicadas ao terminal são: portal do cliente, acesso de caminhões com biometria, leitura das informações dos contêineres via reconhecimento ótico de caracteres, robô  que faz a leitura de documentos para a presença de carga, scanner que lê dados da carga no caminhão e o sistema de gestão integrado Navis N4,  além de interface online com a Sefaz e Receita Federal.

Segundo Patrícia Iglesias, desde dezembro, entrou em funcionamento o XVela, uma plataforma em nuvem colaborativa, que permite que terminais portuários e armadores usem o mesmo sistema online para tratar da operação do navio e monitorarem o transporte de uma carga em tempo real. “As mudanças não param e a reformulação contínua”, finaliza.

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Indústria 4.0 O termo surgiu em 2011 durante a Feira de Hannover, na Alemanha, em um trabalho desenvolvido por Siegfried Dais (Robert Bosch) e Kagermann (German Academy of Science and Engineering), que apresentava a união das máquinas com sistemas inteligentes. Uma tecnologia que possibilitava a automação e o melhor controle das etapas na cadeia de produção e logística.

Tecnologias aplicadas pelo TECON

- Acesso de caminhões com biometria;- Leitura das informações dos contêineres via Reconhecimento Ótico de Caracteres;- Robô Automate que faz leitura de documentos para a presença de carga;- Scanner que lê dados da carga no caminhão;- Sistema de gestão integrada Navis N4, que é uma plataforma de gerenciamento de pátio, inclui comandos de operações para os RTG's 24 horas- Comunicação com armadores via EDI- Interface com a SEFAZ e Receita Federal- Portal do cliente (Permite ao cliente o controle de sua operação através da plataforma digital)

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