Maduro culpa a direita e a Colômbia por tentativa de atentado em Caracas

Drones carregados com explosivos atacaram as redondezas do local em que em Maduro discursava

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  • Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 00:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: AFP/Reprodução

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, responsabilizou grupos de direita do país e do exterior e o governo da Colômbia pelo que Caracas tem chamado de tentativa de assassinato contra o mandatário. No final da tarde deste sábado, 4, drones carregados com explosivos atacaram as redondezas do local em que em Maduro discursava. O evento era um ato oficial com as forças armadas e ocorria no centro da capital venezuelana. Duas pessoas foram presas e sete militares ficaram feridos. "Tentaram me matar no dia de hoje (ontem)", disse Maduro na noite de ontem, em discurso no palácio do governo. O governo da Colômbia rechaçou a acusação de Maduro de que o presidente Juan Manuel Santos seria articulador do atentado. "Já é costume que Maduro culpe a Colômbia de qualquer tipo de situação que ocorra internamente", afirmou a nota da chancelaria de Bogotá. Além dos vizinhos colombianos, Maduro disse ontem à noite que alguns dos responsáveis pelo atentado estão na Flórida e afirmou que espera que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colabore no combate a "grupos terroristas que pretendem assassinar presidentes". "É claramente um desespero da direita por causa das medidas econômicas que estamos implantando", disse Maduro. Na semana passada, o país detalhou o plano de reconversão monetária. A medida prevê a eliminação de cinco zeros do bolívar a partir de 20 de agosto e a retirada de restrições de operações cambiais. O objetivo é atacar a inflação galopante. Apesar das acusações de Maduro, o grupo autodenominado "Soldados de Flanela" postou no Twitter uma mensagem assumindo a responsabilidade do ato. O plano, segundo a organização, era descarregar explosivos C4 contra o palco em que estava o presidente venezuelano, mas que os drones foram abatidos por soldados. "Demonstramos que eles são vulneráveis. Não conseguimos hoje, mas é uma questão de tempo", disse o grupo.