Mãe quer ficar cara a cara com adolescente que matou menina de 10 anos

'Ela tá acabada', disse uma pessoa próxima à mãe de Milena Alves

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  • Raquel Saraiva

Publicado em 22 de maio de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Almiro Lopes/CORREIO

Após a notícia da apreensão e apresentação do adolescente que estuprou e matou a estudante Milena Alves, 10 anos, em Camaçari, o CORREIO procurou a família da menina, a vendedora Ana Conceição Alves, e conseguiu falar com pessoas próximas a ela. Ana está na casa de uma irmã e afirmou que queria ficar cara a cara com o adolescente, que daqui a 9 dias completará 18 anos.“Ela tá acabada. Se a gente que não convivia tanto não consegue dormir, imagine ela! Foi um crime muito bárbaro”, disse um vizinho.No enterro do corpo da filha, na última sexta-feira (18), a vendedora disse estar sentindo muito ódio. “Foi bárbaro e cruel! Prometo que ele vai pagar, filha! Mamãe te ama. Vai com Deus”, disse na ocasião.

O corpo de Milena foi encontrado pela mãe por volta das 17h30 de quinta-feira passada. Segundo a polícia, o crime ocorreu por volta das 14h. Conforme a delegada Maria Thereza Santos, responsável pelo caso, após praticar o ato infracional, o adolescente arrumou o corpo da menina, vestindo-lhe uma camisola, fazendo parecer que ela estava dormindo.

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“A mãe estranhou o fato de que a casa estava apagada, o que era incomum naquele horário. Ao chegar no quarto, encontrou a filha deitada e vestida (em cima da cama). Quando acendeu a luz, tocou na filha e viu que ela estava gelada, morta”, detalhou a delegada, nesta segunda-feira (21), durante a coletiva que apresentou o resultado das investigações.

A Polícia Civil acredita ter elucidado, por completo, o assassinato da estudante. Como o ato foi praticado quando o autor ainda era adolescente - aos 17 anos -, ele será enquadrado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que rege os menores de idade. Ele pode pegar internação máxima de 3 anos. O pedido para a internação provisória do jovem já foi feito pela delegada do caso.

*Com supervisão da editora Tharsila Prates