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Mulher ficou presa na maca por cerca de 15 minutos
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2022 às 23:16
- Atualizado há um ano
Após uma advogada ter sido esquecida na máquina de ressonância magnética da clínica Delfin, no bairro do Itaigara, em Salvador, mais uma paciente relatou ter passado pela mesma situação. A mulher, de 34 anos, que preferiu não se identificar, conta que ficou presa na maca por 15 minutos.
“Depois de 30 minutos de procedimento, a máquina desligou e eles informaram que o aparelho seria reiniciado e que era pra eu aguardar. Depois de 15 minutos presa na maca, achei estranho a demora e comecei a gritar pelos funcionários”, relatou a mulher.
Segundo ela, depois de gritar por uns minutos, uma enfermeira apareceu e perguntou se ela não havia sido informada sobre a reinicialização. Depois de dizer que não sabia que demoraria tanto, a profissional informou para a paciente que ela teria de fazer o procedimento novamente, mas depois de 30 minutos, a máquina parou mais uma vez.“Quando deu 30 minutos, a máquina parou novamente. Eles me tiraram da maca e informaram que era pra eu esperar que eles tentariam me colocar em outra máquina, mas eu estava de jejum e já era 10h. Falei pra eles que não ia esperar mais e fui embora”, detalhou a paciente. A mulher informou que os funcionários ficaram com seus documentos e disseram que entrariam em contato com ela no outro dia pela manhã para marcar um novo exame. “Eu esperei e eles não falaram comigo. Eu tive que ir atrás e depois de muita insistência eles marcaram o novo exame para o dia 28 de fevereiro. Só consegui pegar o resultado no dia 2 de março”, disse.
A paciente precisava do resultado da ressonância para passar por um processo cirúrgico, o exame na clínica Delfin estava marcado inicialmente para o dia 24 de fevereiro. Por conta do atraso da clínica, a cirurgia teve que ser adiada.
Procurada pela reportagem, a Delfin informou que os equipamentos de ressonância magnética possuem alta sensibilidade relacionada a oscilações de energia elétrica e outros fatores e, quando isso ocorre, o sistema de segurança do próprio equipamento é acionado automaticamente até a sua estabilização. "Por este motivo, no momento do exame, ocorreram duas interrupções. A paciente foi informada sobre a situação e manteve-se constantemente assistida pela enfermagem e especialista de ressonância da clínica. Na ocasião, a cliente optou por não dar continuidade à realização do exame, que foi reagendado em consonância com o desejo da paciente, para o dia 2 de março, data em que foi realizado sem intercorrências", explicou a clínica por meio de nota.
Outro caso As dores nas costas e a rotina de dois exames anuais de ressonância magnética já são comuns para Laura Nogueira, de 48 anos, diagnosticada com hérnia de disco há alguns anos. O que não é comum para a advogada é a sensação de desespero ao ficar presa na maca durante cerca de 10 minutos após o exame, sozinha, e esquecida na sala pelos funcionários da Clínica Delfin, no bairro do Itaigara, em Salvador. O caso aconteceu no domingo (13).
"Quando percebi a demora, passei a movimentar as pernas, resolvi acionar a bombinha de segurança, e a sirene não foi acionada. Aí fiquei desesperada", relatou. A máquina de ressonância magnética é composta de uma maca e um anel circular, onde a maca é inserida. Já a bombinha é um aparelho entregue ao paciente antes do exame, para ser acionado caso sinta algum desconforto durante o procedimento”, relatou a paciente.
Após a espera, que para Laura aparentou ser ainda maior, dois médicos e uma enfermeira chegaram ao local, nervosos. "Eu não consegui detectar quem estava mais nervoso, eu, ou eles", disse.
À paciente, a equipe de saúde informou que o exame estava sendo realizado por uma biomédica, que costuma sinalizar o momento de retirada do paciente da maca, mas dessa vez, isso não tinha acontecido. Laura, na verdade, só foi procurada porque um homem, na sala de espera, procurou pela esposa, e a equipe acreditou que se tratava da advogada, segundo relato.
Ela conta, entretanto, que essa foi a primeira vez que isso aconteceu com ela na clínica, onde ela costuma fazer os exames. Além do transtorno, Laura afirma que foi atendida duas horas após o agendamento. A consulta estava marcada para 10h, e ela foi atendida às 12h.
Ela afirma ainda que pretende tomar medidas legais contra a Clínica.
Procurada pelo CORREIO, a Delfin informou que, no momento da realização do exame de ressonância, o software acionou o travamento de segurança do equipamento e precisou ser reiniciado. Além disso, eles alegam que, após apuração interna da clínica, foi verificado que, o tempo total entre o momento do travamento do sistema, o acionamento do botão de segurança pela paciente e sua retirada da máquina foi de aproximadamente cinco minutos.