Mancha de óleo já foi encontrada em seis praias de Salvador

Óleo que já era visto na RMS desceu pelo Litoral Norte e está se espalhando pelas praias da capital

Publicado em 11 de outubro de 2019 às 09:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Secom

O óleo que já era visto na Região Metropolitana, desceu pelo Litoral Norte e está se espalhando pelas praias de Salvador. Na noite de quinta-feira (10), agentes de limpeza da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) encontraram na Praia do Flamengo pequenos fragmentos do que pode ser a mancha de óleo que tem atingido diversas praias do Nordeste desde o fim de agosto. Já na manhã desta sexta (11), o mesmo material também foi encontrado nas praias de Piatã, Jardim de Alah e Jardim dos Namorados, na Pituba.

A Limpurb conta com uma equipe de 75 agentes de operações especiais, mais dois agentes de coleta, em regime de plantão 24h, realizando o monitoramento de todas as praias de Salvador. Três caminhões e um munck (veículo com guindaste) estão à disposição para auxiliar na operação.

Para a retirada do material, as equipes seguem o protocolo determinado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sendo o resíduo coletado com um equipamento chamado ancinho, uma espécie de vassoura metálica, depois colocado em recipiente plástico para armazenamento temporário, com impermeabilização de solo, e posterior encaminhamento para unidade de análise e tratamento do material, de responsabilidade do Instituto.

Diretor de Fiscalização do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Marcos Machado confirmou em entrevista à TV Bahia que o óleo que amanheceu na praia da capital é o mesmo que já era visto em águas próximas. "O óleo é o mesmo, petróleo cru", disse, , esta manhã.

De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento e Urbanismo, Sérgio Guanabara, a prefeitura prepara um plano de emergência em conjunto com o Ibama para a proteção e limpeza das praias. Ele disse que o óleo já teria chegado nas praias de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, por isso, o município estará aguardando a chegada dos resíduos de prontidão.

“A emergência é para retirar porque não tem como evitar. O óleo está na água e a dificuldade de conter é imensa. A nossa ação é só de limpeza, mas é um trabalho difícil e vamos enfrentar em conjunto com o Ibama”, pontuou o secretário. Ainda não se sabe qual o destino do material que pode ser recolhido.

A limpeza das áreas afetadas é necessária para que seja possível reduzir os impactos nas praias oleosas, segundo o professor Francisco Kelmo, diretor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

“A mancha já está se partindo. O que não for retirado volta flutuando para o mar com a maré alta. Quando se concentra, os pedaços colam um nos outros. Por mais rápido que a equipe trabalhe, a quantidade é muito grande e é difícil fazer a limpeza”, pontuou o diretor.