Mari Palma se emociona ao falar do pai cego em tempos de covid-19; vídeo

"O toque faz muita falta para ele", disse a jornalista ao falar com filósofo em programa

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  • Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2020 às 10:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A âncora Mari Palma se emocionou ao falar da mudança na rotina do seu pai por conta do novo coronavírus. Durante programa na CNN no sábado (2), ela entrevistava o filósofo Mario Sergio Cortella ao lado de colegas quando falou da família.

“O senhor falou da sua família, esse é um assunto que me toca muito. Meu pai é deficiente visual, ele não me vê, então o toque faz muita falta para ele”, contou. “Meu pai faz 70 anos esse ano e eu tenho sobrinhos que estão crescendo. Parece que a gente está perdendo tempo, apesar de eu ser próxima deles. Parece que eu não estou vendo eles crescendo”, acrescentou.

“Estou perdendo uma fala nova, uma palavra nova, uma manchinha nova que aparece na mão do meu pai. E a minha dúvida é, a gente vai conseguir superar esse tempo que a gente tá perdendo?”, questionou a jornalista.

O filófoso afirmou que não se deve pensar no tempo como perdido, mas "sendo usado de outro modo".  “O toque está temporariamente suspenso. Mas quando voltar, se você ficar tocando ele o tempo todo, grudando, agarrando, é capaz que ele peça para você largar dele.”

Mari aproveitou no final para mandar um recado para a mãe. “Mãe, também te amo, viu? Tenho que falar porque rola um ciúmes. Mãe, te amo, to morrendo de saudades”.

Assista:

Em março, Mari teve covid-19 e ficou afastada do trabalho mantendo uma quarentena. “Muito esquisito. Não sentia cheiro e nem gosto de nada. Fiquei muito assustada, sabe? Realmente, não sabia o que ia acontecer nos primeiros dias. Tive uns outros sintomas leves, uma febrinha, tosse. Fiquei indisposta. A gente teve então que ficar isolado”, contou depois, falando também do namorado, Phelipe Siani, outro que se afastou da CNN por conta da doença, mas já retornou. “Eu fui cheirar um desodorante e não sentia cheiro de nada. Aí comecei a perceber que não estava sentindo gosto mais.”

Segundo a apresentadora, conforme foi melhorando, ela aproveitou o tempo para se dedicar a atividades que às vezes ficam sem tempo: como conversar mais com os amigos, com a família, ouvir música e até dançar em casa.

“Isso me fez pensar tudo o que estava deixando para depois. Quando tudo voltar ao normal, que a gente dance mais na sala, conviva mais com quem a gente ama, com nossos amigos, parentes, que a gente se abrace mais, se ame mais”, disse. “Graças a Deus, tive o Phelipe do lado, me colocando para cima, fazendo de tudo para eu conseguir me recuperar. Fico feliz que a gente não brigou. A gente sabe que a convivência é muito difícil e a gente passou muito bem”, afirmou.