Marido acusado de matar grávida na Bahia é condenado a 43 anos de prisão

Daiane foi achada sem vida um dia antes da data marcada para parto do filho

  • D
  • Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2022 às 15:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Um homem acusado de matar a mulher em 2017 na cidade de Serrinha, na Bahia, foi condenado a 43 anos e 10 meses de prisão em julgamento que terminou na noite da quinta-feira (7). Adilson Prado Lima Júnior deve cumprir a pena em regime fechado.

Ele foi condenado por homicídio qualificado, com agravante do feminicídio, e aborto, porque a vítima, Daiane Reis Mota, estava grávida de nove meses quando foi assassinada. Ela foi achada morta em dezembro de 2017, um dia antes da data marcada para o parto do filho. A criança não resistiu.

Preso na época do crime, Adilson confessou, depois de inicialmente até ajudar nas buscas enquanto Daiane estava desaparecida.

O julgamento aconteceu no Fórum Luiz Viana Filho, ouvindo familiares da vítima e também o réu. O procedimento durou todo dia, se encerrando por volta das 23h.

Crime O corpo de Daiane, que tinha 25 anos, foi achado num domingo, 17 de dezembro, um dia antes da data marcada para o parto do filho dela. O próprio Adilson havia registrado o desaparecimento da mulher no sábado, afirmando que ela saiu para fazer compras e não retornou. Ela deixou um filho de outro relacionamento.

Um exame de DNA comprovou que o bebê que Daiane esperava era filho de Adilson. Preso dois dias depois do crime, ele virou suspeito quando a polícia descobriu que a última vez que Daiane saiu de casa havia sido na companhia dele. 

Ele confessou o crime e na época disse à polícia que decidiu matar Daiane depois de encontrar mensagens que não gostou no celular dela - o conteúdo não foi divulgado. Ele atirou nela pelas costas, atingindo a jovem na nuca, depois de atraí-la até um terreno baldio, dizendo a ela que iria comprar o terreno para construir uma casa. 

O corpo foi achado em um matagal na localidade de Barra do Vento, por ciclistas que faziam uma trilha. Depois, o celular e a carteira da vítima foram encontrados escondidos na casa em que Daiane vivia com Adilson.