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Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2021 às 14:57
- Atualizado há um ano
O Hospital Martagão Gesteira anunciou que, a partir de agora, implantará mais um serviço na unidade: a correção de escoliose em crianças e adolescentes pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A primeira intervenção já foi realizada no hospital. Considerada de alta complexidade, a cirurgia ocorreu nesta segunda-feira (20), em uma garota de 16 anos. Ela mora no interior do estado e se recupera na unidade hospitalar.
Segundo a euqipe médica do Martagão, "a escoliose é um encurtamento da coluna, causado por uma curvatura lateral e rotação. É uma doença progressiva que, com o passar do tempo, pode comprimir o pulmão e, indiretamente, o coração".
“A inclusão desse tipo de cirurgia no Martagão amplia, na rede pública do estado, o acesso de crianças que necessitam desse procedimento. O Hospital, que é 100% SUS, passa a contribuir para dirimir essa demanda da rede, além de se tratar de uma meta da própria Instituição de aumentar a complexidade da assistência”, ressalta o diretor médico do Martagão, Samir Nahass.
A unidade só vai operar pacientes com diagnóstico de escoliose e que necessitam de intervenção cirúrgica, o que deve ser indicado por um médico. Quem se encaixar nesses requisitos deve marcar uma data para o procedimento, através do telefone (71) 3041-3800, ou presencialmente, no ambulatório do Hospital.
Segundo o cirurgião de coluna do Martagão, Sérgio Murillo, a primeira paciente com escoliose operada na unidade sofria com uma medida de 56 graus. A cirurgia durou seis horas e, caso ela não fosse operada, a doença ia progredir, podendo comprimir o pulmão e coração, reduzindo a qualidade de vida da jovem.
“A escoliose é uma deformidade na qual a coluna torce, entorta, deixando o tronco assimétrico. É uma doença que pode ser bastante restritiva, além do impacto psicológico em muitas crianças”, conta Murillo.
“Ter um hospital com uma qualidade técnica e estrutura do Martagão, com uma equipe de assistência tão bem preparada para tratar de criança e adolescente, abraçando esse tratamento de escoliose vai ser um salto de qualidade para que esses pacientes não desenvolvam a deformidade de forma mais agressiva e com mais risco de comorbidade”, finaliza.