Medalhista paralímpica faz palestra para jogadores do Vitória

Bronze em Pequim-2008, Verônica Almeida falou com objetivo de inspirar os atletas rubro-negros a "virar o jogo" na Série B

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  • Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2019 às 15:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: EC Vitória / Divulgação

A nadadora paralímpica baiana Verônica Almeida, 44 anos, contou sua história de vida aos jogadores do Vitória em um encontro que aconteceu após o treinamento da manhã desta quinta-feira (6), na Toca do Leão. Ela, que foi medalhista de bronze nos Jogos de Pequim-2008, ficou paraplégica por consequência da Síndrome de Ehlers-Danlos, doença degenerativa que impede as células de produzirem colágeno e causa enfraquecimento dos músculos dos braços e pernas.

Verônica contou sobre a descoberta da doença e a viagem para a França, onde precisou se alimentar com resto de comida para matar a fome, antes de iniciar o tratamento que continua até hoje. Ela descobriu a doença em 2007.

Verônica também falou sobre a experiência vivida na palestra que ministrou. “Foi uma sensação única, diante de muitas experiências já vividas. Senti nos olhos a vontade de cada um deles de absorver e de se inspirar para um novo passo. Eles hoje saem daqui com uma história, uma nova capa, para poder realmente virar esse jogo”, afirmou a ex-atleta, referindo-se à penúltima posição do time na Série B do Campeonato Brasileiro.

“Verônica, além de ter transmitido toda a sua história, conseguiu inspirar tanto a comissão técnica, quanto os atletas e fortalecer aquilo que a gente já vem tentando transformar. Acho que é isso que a gente tem que realmente buscar: virar o jogo. Todos nós temos que virar o jogo”, resumiu o técnico Osmar Loss.

Formada em Educação Física, Verônica Almeida é medalhista paralímpica, mundial e parapan-americana, além de dona de um recorde no Guiness Book: foi a primeira paratleta a completar a travessia Mar Grande-Salvador, em 2015. Ela fez todo o trajeto no nado borboleta, com o tempo de 4 horas e 56 minutos.

A nadadora ganhou o bronze olímpico após o terceiro lugar conquistado nos 50 metros borboleta, classe S7, em 2008, na Olimpíada de Pequim. Além disso, foi campeã mundial em 2010, na Holanda, e parapan-americana em 2015, no Canadá.

Segundo o Vitória, essa foi a primeira de uma série de palestras a que os atletas vão assistir até o final da temporada.