‘Melhor parte do Carnaval’, diz folião sobre arrastão com Léo Santana e Daniel Vieira

Folia final teve quebradeira, pagodão e sofrência da Barra à Ondina

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  • Eduardo Dias

Publicado em 26 de fevereiro de 2020 às 15:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/CORREIO

Há quem diga que o Carnaval termine oficialmente na terça-feira (25) - até o calendário coloca essa informação na folhinha. Mas, pra quem é de Salvador, e se intitula um folião raiz, sabe que a festa só acaba mesmo ao meio-dia da quarta-feira (26), depois do Arrastão de Cinzas. A edição deste ano foi comandada por Daniel Vieira e Léo Santana, que arrastaram uma multidão de foliões atrás do trio, do Farol da Barra até Ondina.

Para quem quis beber da última dose de Carnaval, o arrastão foi um ‘copo cheio’. Levados pelos embalos de Contatinho, Dono da Zorra Toda, Do Nada Apareço na Balada, de Léo Santana, e Dandandan e Mentiroso de Daniel Vieira, a animação da galera parecia não ter fim. A mistura do sertanejo com o pagodão fez o povo dançar coladinho e também meter dança nos passinhos.

Durante o percurso teve de tudo: participações dos cantores Tierry e Kart Love, e dos vocalistas do Olodum, no trio com Daniel Vieira, que aproveitou o show para homenagear os salva-vidas da Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar). Já Léo, convidou o ex-cantor da banda Pagodart, Flavinho, Jody Torres e Tico, do Forró do Tico, para subir no trio com ele. Mas não foram só as participações que marcaram os 4 km de circuito do Farol até as Gordinhas de Ondina.

De cima do trio, a temperatura era de pelo menos 30° - atrás dele, pode apostar que era muito mais. Mas quem disse que isso foi suficiente para parar os foliões do Arrastão de Cinzas? Villi Ferreira aproveitou a pausa dos trios em frente às Gordinhas para beber água e hidratar todo o corpo. Ele, que está curtindo a folia desde a quinta-feira (20), avisou que só para de curtir agora na segunda-feira (2). .“Curti todos os dias de Carnaval, na pipoca. Estou todos os anos aqui, curtindo o arrastão. Sem dúvidas, é a melhor parte do Carnaval. Eu só paro agora nas segunda-feira, a Bahia só volta ao normal na segunda”, brincou. Villi aproveitou a pausa do trio para se refrescar (Foto: Marina Silva/CORREIO) Já Fábio Magalhães achou uma sombrinha e sentou no chão para descansar. Segundo ele, que curte a festa desde o Habeas Copos, no pré-carnaval, o segredo para aguentar tanta folia é não ficar parado para o cansaço não bater.

“É difícil parar, não dá para ficar parado enquanto o trio passa. A gente tinha que ir atrás de todo jeito. Os dois picos do Carnaval, para mim, foram o Habeas Copos e esse arrastão de Léo Santana. De fato, ele é mesmo o dono da zorra toda, como ele mesmo fala. É o maior artista da cidade atualmente”, disse. Fábio curte desde o pré-carnaval (Foto: Marina Silva/CORREIO) História de amor Como já dizia Denny Denan, na época de Timbalada, “A minha história de amor começou, era carnaval, era Salvador. Amor à primeira vista, eu sei. Ao olhar você, me apaixonei”. Foi com esse embalo que o casal Georgenes Mesquita e Géssica Barreto resolveram não se desgrudarem nem um segundo mais após se conhecerem.

Ele, que veio de Curitiba para curtir o Carnaval pelo segundo ano consecutivo, no bloco Filhos de Gandhy, conheceu a foliã no primeiro dia de desfile e não quis mais saber de outra coisa que não fosse pular o resto da festa ao lado da amada. Segundo ele, foi amor à primeira vista e ele já planeja se mudar para a capital baiana. O casal Georgenes e Géssica se conheceram no Carnaval deste ano e já noivaram (Foto: Marina Silva/CORREIO) “Essa é a minha segunda vez no Carnaval de Salvador. Gostei muito e não tenho do que reclamar. Esse ano foi o melhor de todos porque eu encontrei o amor da minha vida. Nos conhecemos nos Filhos de Gandhy. Tenho um amor enorme pelo bloco, mas ela me conquistou e resolvi pular o restante do Carnaval todinho ao lado dela. Trabalho na área industrial e vou fazer de tudo para me mudar para Salvador. Estou apaixonado, louco por ela, a cidade me acolheu bem demais”, contou o turista, ao lado da sua paixão de Carnaval.

Mas quem pensa que só quem estava atrás do trio estava curtindo o arrastão se engana. Tinha gente metendo dança na praia, nas barracas de ambulantes, na desmontagem dos camarotes e nas sacadas dos prédios. 

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*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier