Melhor série da Netflix, Bojack Horseman começa muito bem sua temporada final

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  • Carol Neves

Publicado em 15 de novembro de 2019 às 08:54

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Os episódios continuam engraçados, bem escritos, atentos e com muitas piadas (foto/divulgação) A sexta e última temporada de Bojack Horseman encontra nosso cavalo-humano no ponto em que o deixamos: entrando em uma casa de reabilitação para mais uma tentativa de enfrentar o alcoolismo que guiou boa parte de sua vida adulta. A adição é um dos temas centrais desde o início da série e não é novidade para Bojack que ele é um viciado. Mas nessa primeira parte da temporada final (a segunda parte sai apenas em janeiro) vemos pela primeira vez Bojack levando a sério a possibilidade de superação.

Bojack sempre foi um personagem autocentrado, egocêntrico e mergulhado em cinismo. E vemos nos novos episódios que a tentativa de se envolver mais com os outros de uma maneira honesta e significativa ainda é um trabalho em andamento.

Funciona também como um momento de prestação de contas e confrontação com fatos que aconteceram em temporadas antigas. A nova temporada abre inclusive relembrando a morte da colega Sarah Lynn, que até hoje não vimos Bojack sendo totalmente claro sobre seu papel no que aconteceu.

Quem também volta, já na reta final, é Gina, atriz que foi atacada fisicamente por Bojack na temporada anterior. A série faz questão de mostrar que as coisas não estão indo bem para ela, que agora é vista como uma pessoa "difícil” em Hollywood (ou Hollywoo, nessa versão). A ideia é que teremos mais na segunda parte e que embora esteja percorrendo um caminho para entender que á mais do que as somas dos seus defeitos, Bojack não vai conseguir fugir das consequências de suas escolhas.

E não é só Bojack. Os outros personagens também estão passando por mudanças significativas e, de maneira geral, aparecem mais generosos. Diane tem um novo emprego e está vivendo um relacionamento com alguém que demonstra interesse real por ela e a valoriza. Todd, outro personagem que apesar de solidário sempre parece fechado em si mesmo, se envolve de verdade nos cuidados por Ruthie, filha de Princess Carolyn. Esta, por sua vez, se divide entre o seu sempre exaustivo trabalho e a vida de mãe solteira. No segundo episódio, vemos como a rotina exige que ela se desdobre em mil – e essas mil, na animação, são literalmente fantasmas extracorpóreos dela. A série ironiza com a ideia da “mulher que faz tudo” levando-a para uma capa de revista com esse tema.

Os episódios continuam engraçados, bem escritos, atentos e com a maior média de piadas por minuto que existe. A indústria do entretenimento é ainda o maior tema, claro. This is Us, Michel Bay, David O. Russell, Kevin Spacey, Bryan Singer, nada é território proibido. Nem sempre você vai pegar todas, e tudo bem também. Continua sabendo tratar de temas pesados sem deixar de fazer rir - às vezes um sorrisinho melancólico, que seja.

Faltam agora apenas oito episódios para encerrar a jornada de Bojack e mal esperar pelo que vem pela frente.