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Causa da morte não foi definida; investigação ainda está em curso
Gil Santos
Publicado em 28 de maio de 2019 às 17:43
- Atualizado há um ano
Quatro meses depois do corpo da estudante Maria Elaine Sobras Cortes, de 10 anos, ser encontrado em um terreno em Alto de Coutos, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, o laudo da perícia ficou pronto. O documento diz que a menina não foi estuprada e que a causa da morte não está concluída. Maria Elaine ficou desaparecida por três dias (Foto: Almiro Lopes/ Arquivo CORREIO) Em nota, a Polícia Civil afirmou que essas são informações iniciais e que a investigação ainda está em curso. Não está descartada a possibilidade de serem pedidos novos laudos sobre esse caso.
“O laudo foi anexado ao inquérito na segunda-feira (27). O documento indica, inicialmente, que não houve violência sexual e a causa da morte não está concluída. As investigações continuam e maiores informações não podem ser compartilhadas, para não interferir no andamento do inquérito”, diz a nota.
Na segunda-feira (28), os investigadores prenderam um homem relacionado a essa investigação. O nome não foi divulgado pela polícia, mas o CORREIO apurou com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), com a família da vítima e com os vizinhos que trata-se de Márcio Augusto de Carvalho dos Santos, mais conhecido como Sinho.
A polícia não explicou o motivo da prisão e disse apenas que ela está relacionada à investigação da morte da garota. O mandado é temporário, com prazo de 5 dias, e foi emitido pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador.
O homem é vizinho da vítima e, segundo o pai de Maria Elaine, já fez serviços de pedreiro na casa da família. “Moro há 20 anos no bairro e ele já morava lá antes de mim. Ele faz bicos como servente de pedreiro e já trabalhou na minha casa. Tem uns dois anos que eu chamei ele para fazer um serviço”, afirmou João Cortes ao CORREIO. Local em que o corpo foi encontrado (Foto: Almiro Lopes/ Arquivo CORREIO) Investigação O resultado do laudo vai de encontro às primeiras impressões dos policiais, de que a menina teria sido violentada e de que a causa da morte seria asfixia por estrangulamento. A polícia não quis comentar os detalhes, mas frisou que o caso ainda está em investigação.
Maria Elaine estava sozinha em casa, no dia 14 de janeiro, quando decidiu sair para comprar pipoca em uma rua próxima. Para a polícia, alguns indícios dão conta de que a menina não pretendia demorar: ela deixou a TV da sala ligada em um canal de desenho animado, a porta aberta, e não calçou os chinelinhos preferidos da Hello Kitty. Trancou apenas o portão, por volta das 15h, e saiu.
O corpo dela foi encontrado três dias depois, em um terreno nos fundos de um prédio, no mesmo bairro em que a família morava. O local é de difícil acesso, e a menina estava com a blusa suspensa e o short na altura da virilha.
O CORREIO foi até o local onde o corpo de Elaine foi encontrado. Para chegar, a equipe contou com a ajuda da moradora que localizou o corpo. O terreno, um pequeno espaço que fica em uma ribanceira cercada de mato, é uma área comum aos fundos de todas as casas do lado direito da rua.
A moradora contou que foi o mal cheiro que atraiu a atenção dela, e que foi até o terreno pensando que se tratava de um rato ou outro bicho morto, mas que levou um susto ao ver a perna da menina.