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Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2021 às 11:46
- Atualizado há 2 anos
A virade de ano tinha tudo para trazer sentimento de esperança e renovação, mas foi um verdadeiro pesadelo para uma família que confraternizava na Comunidade do Turano, no Rio de Janeiro. Os parentes assistiam à queima de fogos quando a pequena Alice Pamplona da Silva, de apenas cinco anos, foi atingida por uma bala perdida.>
No momento do incidente, os membros da família filmavam a queima de fogos. A menina foi atingida no pescoço e foi levada às pressas para o Hospital Casa de Portugal, mas não resistiu.>
Inicialmente, a suspeita era que a garota teria sido ferida por fogos de artifício, mas os médicos constataram que ela foi morta por um tiro.>
A Delegacia de Homicídios da Capital já ouviu os pais da menina e investigarão de onde veio o tiro que matou Alice.>
Segundo a Polícia Militar do Rio de Janeiro, no momento não acontecia nenhuma operação policial na região, nem confronto armado envolvendo equipes policiais.>
Dor familiar Os parentes da menina decidiram se reunir para passar o ano novo juntos, após a morte do patriarca da família, há quatro meses.>
Abalado, o tio de alice desabafou em uma rede social. “A gente vê isso diariamente passando na TV, a gente pensa que nunca vai acontecer com um dos nossos até que acontece. É inacreditável”, disse.>
Já uma outra tia da criança, Mayara Souza, contou como ocorreu o incidente. “Eu e meu marido descemos, pegamos ela. Olhamos o corpo dela, a língua estava enrolando. Eu segurei a língua dela. Achei que ela tivesse tomado um susto com os fogos e estivesse em convulsão. Eu só fui saber que era tiro pelos médicos”, contou Mayara, afirmando que ninguém ouviu o barulho do tiro.>
Segundo moradores, um baile funk celebrava a virada do ano. Quando começou a queima de fogos, criminosos dispararam para o alto, para comemorar.>
“Um bando de moleque dando tiro para o alto, que não foi pro alto, né? Parou no pescoço da garota o tiro, garota na porta de casa, lá na raia, perto da padaria. E outra, o baile continuou rolando, não parou o som em momento nenhum”, disse um morador, que não quis ser identificado.>