Microcefalia: gestantes que tiveram zika são maioria em ligações para call center

Canal de comunicação da prefeitura começou a funcionar nesta segunda e teve 20 ligações

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  • Amanda Palma

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 16:44

- Atualizado há um ano

(Arte: CORREIO Gráficos)O canal de comunicação da prefeitura para tirar dúvidas de grávidas sobre microcefalia recebeu 20 ligações de segunda-feira (14), quando o serviço começou a funcionar, até as 16h20 desta terça (15). Das ligações, 16 eram gestantes que já tiveram zika e têm receio de ter novamente o vírus. O canal funciona no número (71) 3202-1297, de segunda a sexta, das 8h às 17h. 

Além disso, segundo a coordenadora de Atenção à Saúde Primária, Adriana Miranda, as grávidas também tiveram dúvidas de como identificar a microcefalia e quais as medidas preventivas para que não tenham a doença, nem adquiram o vírus. 

“As outras quatro ligações foram de pessoas que já tiveram zika e queriam saber se podiam engravidar, e qual o risco de ter a microcefalia”, contou Adriana. Ainda conforme a coordenadora, o canal também é uma forma de identificar quais gestantes não estão tendo nenhum acompanhamento médico e encaminhá-las para a rede de atendimento. 

A equipe de atendentes é composta por profissionais de saúde da própria rede municipal e inclui médicos, enfermeiros, agentes comunitários e assistentes sociais. 

Aumento O número de notificações ou casos suspeitos de microcefalia na Bahia subiu para 316, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (15). O estado continua em terceiro no ranking nacional. No boletim anterior, eram 180 notificações relacionadas ao vírus zika.

Segundo dados divulgados pelo governo federal na sexta-feira (12), em entrevista coletiva em Brasília, em todo o país foram registrados 2.401 casos suspeitos de microcefalia e 29 mortes em 549 municípios. Ao todo, 60 municípios baianos tiveram casos notificados. Sete mortes foram registradas na Bahia após a confirmação da má-formação em bebês. A investigação dos casos é feita em conjunto com gestores de saúde de estados e municípios.