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Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2022 às 18:19
O Ministério da Saúde realizou, nesta sexta-feira (29), a primeira reunião do Centro de Operação de Emergências (COE) para elaboração do Plano de Contingência contra o surto de monkeypox no Brasil, doença também conhecida como varíola dos macacos. O COE funcionará ininterruptamente, de segunda a sexta-feira presencialmente e nos finais de semana de forma virtual. Havendo necessidade, as reuniões poderão ser presenciais.>
Com o objetivo de promover resposta coordenada por meio da articulação e integração dos atores envolvidos com o tema, o COE é uma estrutura organizacional que permite a análise de dados e informações para subsidiar a tomada de decisão dos gestores e técnicos, na definição de estratégias e ações adequadas para o enfrentamento de emergências em saúde pública.>
O atual surto de monkeypox representa emergência de saúde pública de importância internacional, segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros. “Precisamos aumentar o nível de alerta e de vigilância em nosso País. Para isso abrimos o COE”, explicou.>
A partir das informações estabelecidas durante a Sala de Situação, que foi instalada em 23 de maio de 2022 e funcionou durante 50 dias, o Ministério da Saúde vai analisar o cenário com novas evidências nacionais e internacionais e rever cada conceito para definir o que é um caso suspeito, um caso confirmado e um caso descartado.>
“Vamos expandir o número de laboratórios de testagem no Brasil, criar protocolos clínicos, protocolos de diretrizes, protocolo de manuseio dos pacientes e protocolo de estratégias de comunicação para a população brasileira”, acrescentou o secretário.>
A operação será coordenada pelo Ministério da Saúde e conta também com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) e do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz.>
Ações desenvolvidas>
O controle da monkeypox é prioridade para o Ministério da Saúde, que realiza monitoramento e analisa diuturnamente a situação epidemiológica para orientar as ações de vigilância e resposta à doença no Brasil.>
Todas as medidas necessárias para enfretamento da doença já estão sendo realizadas pela Pasta que, antes do registro dos primeiros casos no País, estabeleceu fluxos de notificação, diagnóstico, assistência e instituiu as medidas de contenção e controle da doença. O Ministério da Saúde também articula com a Opas/OMS as tratativas para a aquisição da vacina monkeypox. A OMS coordena junto ao fabricante, de forma global, ampliar o acesso ao imunizante nos países com casos confirmados da doença.>
A vacinação em massa não é preconizada pela OMS em países não endêmicos da doença. A recomendação, até o momento, é somente para contatos com casos suspeitos e profissionais de saúde com alto risco ocupacional ao vírus.>