Moradora de apartamento incendiado no Rio Vermelho pede ajuda para encontrar gatos

Quatro felinos desapareceram após chamas invadirem imóvel

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  • Fernanda Varela

Publicado em 4 de julho de 2022 às 18:53

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Acervo pessoal

Uma das moradoras do apartamento no Rio Vermelho que pegou fogo na noite deste domingo (3), a artesã Tais Andrade está angustiada em busca dos seus quatro gatos desaparecidos durante o incêndio. As chamas atingiram o 3º andar do prédio, que está localizado na Rua Rodrigo Argôlo. Ainda não se sabe como as chamas começaram.

A jovem, que mora no imóvel com a mãe e avó, criava 12 animais no local, sendo cinco cães e sete gatos. Antes de deixar o local, a família conseguiu resgatar todos os cachorros, uma delas internada, e dois dos felinos, que também estão hospitalizados. Um outro gato da família morreu no local, enquanto outros quatro estão desaparecidos.

Os animais procurados são as fêmeas Dilma, Min e Kahli, e o macho Pasquale. (Foto: Reprodução) "Um amigo até foi hoje lá no apartamento e revirou tudo atrás de mais gatinhos ou corpinhos, mas estava tudo muito quente e cinza", lamentou Tais. Ela, a mãe e a avó foram para a casa da irmã da artesã, junto com três cães - um outro está na casa de familiares.

Tais estava dormindo quando tudo começou. Quem percebeu o incêndio foi a cadelinha Céu, que começou a latir e chamou atenção da família. Tais lembra que, quando acordou, foi logo socorrer a avó, que tem dificuldade de locomoção. "Foi tudo tão rápido. Meu noivo foi o único que teve coragem de olhar a imagens da câmera que temos, por conta da minha avó. Foi de 22h06 às 22:11 que tudo aconteceu, muito rápido. Logo a sala ficou cinza de fumaça e não se enxergava nada, sendo que o fogo começou num quarto lá longe, dentro do corredor que fica fechado por uma porta", conta.

As moradoras também ficaram muito abaladas após ver imagens do apartamento incendiado. "Entraram na nossa casa sem a nossa permissão e fizeram vídeos. Nós nem sabíamos a situação da nossa casa, e agora tivemos nossa vida exposta dessa forma. Estamos nos sentindo ainda mais violadas", lamentou Tais, que ainda  não conseguiu calcular quanto teve de perdas materiais. "Só saímos com a roupa do corpo, estávamos descalças. Tudo que tínhamos estava lá dentro, e tudo se foi. Mas, no momento, a gente só quer encontrar nossos gatinhos que ainda estão desaparecidos", concluiu.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada durante o incêndio, mas não chegou a prestar atendimento, pois quando chegaram ao local o socorro às moradoras já havia sido prestado. Diferentemente do que foi noticiado anteriormente, o incêndio não começou em uma tomada de celular. As causas serão investigadas.