Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2022 às 19:08
- Atualizado há 2 anos
Aconteceu na tarde desta segunda-feira (21), em Salvador, uma manifestação contra o genocídio da juventude negra. O ato faz referência ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março, e foi organizado pela Frente Contra Genocídio. Dezenas de manifestantes levaram ao Centro Administrativo da Bahia (CAB) faixas e cartazes que diziam “Vidas negras importam” e “Por que uma PM negra só mata negro?”. >
Organizações do movimento negro realizaram uma caminhada que teve início às 14h, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), acompanhada por tambores do Olodum e Ilê Aiyê. Na ocasião, foi entregue aos deputados uma carta como um protesto formal. Participaram do ato associações como o Movimento Negro Unificado (MNU), União de Negros Pela Igualdade (Unegro) e Fórum de Entidades Negras. >
[[galeria]]>
“Só negros morrem nessa pseudo-guerra contra o tráfico. Por isso a gente se uniu hoje fazendo uma frente contra o genocídio da juventude negra para questionar essa forma de governo”, disse Osvalrizio Júnior, diretor do Ilê Aiyê.>
O membro-fundador da Central de Entidades Negras (CEN), Marcos Rezende, lembrou os jovens mortos pela polícia na Gamboa na madrugada do dia 1º de março e pediu a instalação de câmeras nas fardas dos policiais militares. "Por que todos os mortos são negros? Queremos uma resposta a essas chacinas, queremos mudança de comportamento", colocou. >
Nas redes sociais, a Frente Contra Genocídio publicou: “O ato é um protesto contra as missões sangrentas da Polícia Militar que possui números alarmantes contra a vida de jovens da periferia onde 100% dos abatidos pela ação da polícia comandada pela Secretaria de Segurança Pública, são negros e negras”, disse a Frente Contra Genocídio, em suas redes sociais. >