MP pede que Justiça determine melhoras no atendimento aos alunos da Unifacs

Estudantes tem diversas reclamações, como cobranças de dívidas inexistentes

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  • Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2022 às 20:15

. Crédito: Divulgação

O Ministério Público estadual pediu, em caráter liminar, que a Justiça determine a criação de um setor específico para atendimento presencial e virtual de todas as demandas de alunos relacionadas aos “erros dos novos sistemas eletrônicos”, da Unifacs, em Salvador, sem custo adicional aos estudantes.

A ação foi ajuizada no último dia 8 e pede também que a universidade devolva aos alunos, em dobro, todos os valores comprovadamente pagos em decorrência de cobranças indevidas. O MP também pede ao Judiciário que seja permitida a rescisão contratual, sem custos, ao consumidor que comprove prejuízos causados pelos sistemas eletrônicos da Unifacs.

A ação tem como base a investigação desenvolvida pelo MP após receber “dezenas” de representações de alunos contra a Unifacs, sobre uma série de problemas que, conforme o apurado, “passaram a ocorrer após aquisição da Unifacs pelo Grupo Ânima Educação e consequente alteração dos sistemas financeiros e acadêmicos para a plataforma Ulife”.

Os alunos reclamam de impossibilidade de realizar a rematrícula; indisponibilidade de matérias próprias do semestre, devido à falta de instabilidade sistêmica; cobrança indevida por matérias não cursadas ou por matrículas não efetuadas e cobrança a estudantes sem dívidas.

A ação relata que o novo sistema, implantado em janeiro desse ano, “gerou severos desconfortos à comunidade acadêmica, pois, ao que tudo indica, a transferência dos dados não acompanhou a urgência e dinamismo das necessidades dos alunos”.

Procurada, a Unifacs afirmou que recebeu a solicitação do Ministério Público e já prestou os esclarecimentos necessários no decorrer do procedimento administrativo. Afirma que as instabilidades que basearam o questionamento do Ministério Público foram pontuais e decorreram de uma migração de sistema, e já foram sanadas.