Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2022 às 18:01
- Atualizado há 2 anos
O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito, nesta segunda-feira (31), para apurar e coletar elementos a respeito da necessidade de aumentar o policiamento preventivo para garantir a segurança do povo cigano no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). >
“Aguarde-se, por mais 10 (dez) dias, a resposta ao Ofício n° 438/2021/PR-BA/14ºOTC, dirigido ao MP/BA. Com a resposta do MP/BA ou esgotado o prazo, venham os autos conclusos. Publique-se a presente portaria”, informa o MPF em portaria. >
O secretário de Governo de Camaçari, José Gama Neves, informou que analisa essa questão com muito cuidado, pois envolve violência e morte. "A gestão municipal, através da Secretária de Ação Social, tem uma corregedoria que faz o acompanhamento dos povos tradicionais. A gente pode designar alguém para acompanhar essa ações do MP de perto", afirmou. >
A medida foi tomada após a ocorrência de vários crimes com o povo cigano que vive em Camaçari. No último dia 12, três homens estavam na porta da residência quando tiveram os corpos perfurados por balas. Dois deles morreram no local e o terceiro foi levado ao Hospital Geral de Camaçari, mas também faleceu após três dias internado. >
Entenda o caso>
Num intervalo de 12 horas, uma família de ciganos foi praticamente exterminada na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Foram quatro mortos: uma mulher, o marido dela e seus dois enteados. Os crimes são apurados pela Polícia Civil, que investiga se os casos estão relacionados.>
As primeiras mortes aconteceram na cidade de Dias d'Ávila por volta das 19h30 do último dia 11. O casal Orlando Alves, 59 anos, e Luciene Alves de Oliveira, 56, estava dentro de casa quando foi baleado por um homem numa moto. Já em Camaçari, o irmão e dois sobrinhos de Orlando estavam na porta da residência quando tiveram os corpos perfurados por balas por volta das 7h30 do dia 12. >
Cerca de 40 dias antes do ocorrido, um filho de Orlando foi assassinado numa emboscada na localidade de Cascavel, em Dias d'Ávila. "Do nada, chegam, matam e ninguém sabe o porquê", disse um cigano, amigo da família, que preferiu não revelar o nome. No entanto, informações preliminares da polícia dão conta de que as mortes teriam sido encomendadas por um outro cigano, que responsabiliza a família de Orlando pela morte do seu neto.>