MPF suspeita de ação do TJ para travar inquéritos instaurados pela Polícia Civil

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  • Jairo Costa Jr.

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 10:04

- Atualizado há um ano

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Investigadores do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Faroeste, deflagrada anteontem contra suposta venda de sentenças em casos de grilagem no âmbito do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), suspeitam de ação coordenada no intuito de travar inquéritos instaurados pela Polícia Civil para apurar denúncias sobre o esquema.

A desconfiança do MPF levou o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a determinar que os departamentos de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e de Polícia do Interior (Depin), Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP estadual entregassem à Polícia Federal cópias de todo material de investigações sobre grilagem no Oeste baiano e venda de sentenças. Enquanto a PF cumpria mandados de prisão e de busca e apreensão na Bahia e em Brasília, agentes recolhiam arquivos, relatórios de quebras de sigilo e escutas de casos semelhantes na Draco.

Varredura policial Segundo apurou a Satélite, o MPF vai se debruçar sobre o material recolhido dos órgãos de segurança da Bahia para entender os motivos que emperraram o andamento de investigações baseadas em denúncias de venda de sentenças em processos relativos à grilagem de terras no Oeste. “Notamos procedimentos completamente incomuns nos casos sob responsabilidade da Polícia Civil. Mesmo com fartos indícios do envolvimento de magistrados do Tribunal de Justiça, advogados, empresários e operadores do esquema que deu origem à Faroeste, os inquéritos ficaram parados, à beira do arquivamento”, confidenciou um dos investigadores destacados para auxiliar a operação.

Na alça de mira Um alvo secundário do cerco ao comércio de decisões judiciais que atingiu a cúpula do TJ atraiu atenção especial do MPF. Trata-se da advogada Karla Janayna Leal Vieira, sobrinha da desembargadora Maria da Graça Osório e ocupante de cargo comissionado na Assembleia Legislativa. Além de intenso fluxo de ligações com investigados, ela ostenta, segundo a PF, padrão de vida muito superior à renda declarada. O que inclui compra de BMW avaliada em R$ 145 mil, viagens internacionais e residência em prédio de classe média alta.

Vento contrário Queridinho dos cardeais aliados ao Palácio de Ondina quando comandava a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues perdeu espaço no coração da turma após assumir a Educação. Parlamentares e integrantes do alto escalão do governo criticam abertamente seu desempenho no cargo. Para eles, Rodrigues não conseguiu elevar os índices da rede estadual de educação e nem evitar a queda na qualidade do ensino.

Batalha aberta Após Jair Bolsonaro deixar o PSL, aliados do presidente na Bahia iniciaram uma guerra pelo controle da Aliança pelo Brasil no estado. Os deputados estaduais Capitão Alden e Talita Oliveira, do PSL, e os vereadores Alexandre Aleluia (DEM) e Cezar Leite (PSDB) miram o posto na sigla que será criada por Bolsonaro."Os problemas já conhecemos: crise hídrica, conflito pela água e impactos ambientais. Agora, vamos ouvir Inema, Embasa e representantes dos comitês sobre o que será feito" - José de Arimateia, deputado estadual do Republicanos, ao comentar a eventual proposta de cobrar pela água captada de poços artesianos na Bahia