Mugni volta bem após lesão e reedita parceria com Daniel no meio

Dupla vem destacando com bons números e busca se estabilizar no time titular

Publicado em 24 de junho de 2022 às 06:00

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Felipe Oliveira / EC Bahia

Depois de ficar afastado dos gramados por pouco mais de dois meses devido a uma lesão, o meio-campista argentino Lucas Mugni voltou a vestir a camisa do Bahia e ocupou seu lugar no time titular de Guto Ferreira. Desde o retorno, foram quatro partidas como titular e duas saindo do banco de reservas. A volta de Mugni proporcionou a reedição da dupla no meio com Daniel, que vem se destacando na temporada.

Apesar da derrota na partida de ida da Copa do Brasil, contra o Athletico Paranaense, quem acompanhou o jogo pôde ver os dois em uma noite de boas atuações. Além do belo gol de falta que abriu o placar, Mugni se destacou com uma boa distribuição de passes. Teve 92% de acerto, quatro desarmes e três passes decisivos durante os quase 80 minutos em que esteve em campo, segundo levantamento da plataforma SofaScore.

Ao lado dele, Daniel foi o homem das bolas longas, acionando, principalmente, os laterais. Essa é uma característica que tem sido comum ao camisa 10 do Bahia. Contra a Chapecoense, pela Série B, o meia passou 16 bolas em profundidade. Diante do Athletico, foi o segundo com mais assertividade nos passes (87%).

Com os dois em campo, os resultados ainda não são os melhores para a torcida do Esquadrão. Desde a volta de Mugni, que aconteceu contra o Tombense, fora de casa, foram três triunfos e três derrotas. Mas individualmente o meia tem contribuído: foram dois gols e uma assistência nessas seis partidas. Daniel também tem respondido bem de forma ofensiva e, até aqui, está na sua segunda melhor temporada em gols na carreira. 

O camisa 10 marcou quatro gols em 30 jogos neste ano, considerando o Baianão, Copa do Nordeste, Série B e Copa do Brasil. Seu melhor desempenho no quesito foi em 2019, quando deixou cinco gols em 49 partidas. Se mantiver a média, tem tudo para fazer de 2022 seu ano de artilheiro. 

Um fator que favoreceu Daniel neste ponto foi a mudança de posicionamento em campo. Se até o ano passado atuou como um segundo volante, numa linha mais recuada do meio, este ano tem mais liberdade para chegar à frente, próximo aos atacantes.

Mudanças no ataque

Após o começo da Série B, o técnico Guto Ferreira teve que fazer algumas mudanças nos setores de meio e ataque do Bahia. Principalmente pelas ausências - e agora os retornos - de Hugo Rodallega e Lucas Mugni. Os dois ficaram de fora por conta de lesões e, nesse período, o treinador optou por um ataque mais leve, dando preferência ao trio Davó, Rildo e Marco Antônio. Coincidentemente, após a volta de Rodallega, já como titular diante do Criciúma, Marco se afastou também por lesão e Guto encaixou o colombiano no time e colocou Matheus Davó como ponta. 

O centroavante não voltou como antes. Mesmo mantendo a artilharia do Bahia com 12 gols no ano, ainda não fez um gol desde sua recuperação. Já são 452 minutos sem marcar. Além de mudar as companhias quando opta pelo esquema 4-3-3, variando entre Raí, Rildo e Davó, Guto experimentou diante do Athletico um 4-4-2, com mais liberdade para Rodallega sair da área, mas ainda não foi o suficiente para ele balançar as redes.

Na próxima partida, sábado (25), contra o Novorizontino, às 16h, Guto Ferreira poderá decidir se vai manter o esquema ou não. O atacante Rildo, que ficou de fora de alguns treinos na semana por conta de uma gripe, participou da atividade de quinta e deve estar à disposição do treinador para sábado. Após a derrota na Copa do Brasil, o tricolor treinou na tarde de quinta-feira e fecha a preparação no CT Evaristo de Macedo nesta sexta (24).