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Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2022 às 19:19
- Atualizado há 2 anos
A polícia de São Paulo prendeu a maquiadora Maryana Elisa Rimes Paulo, de 49 anos, pela morte de Marcelo do Lago Limeira. Segundo a investigação, ela se mudou para a casa do amigo para cuidar dele após uma cirurgia plástica e usou doses excessivas de remédio para matá-lo. Após o crime, Maryana queimou o corpo de Marcelo, assumiu a identidade do amigo e movimentou cerca de um R$ 1 milhão de seu patrimônio.>
A maquiadora, que é uma mulher trans, conheceu a vítima em uma festa, segundo a polícia. Marcelo morava só e já tinha começado a transição de gênero, pois queria ser reconhecido como mulher, de acordo com o g1. Ele recebia ajuda financeira de uma tia e tinha alguns imóveis alugados em seu nome.>
Marcelo foi visto entrando pela última vez em sua casa em maio do ano passado, quando havia feito uma cirurgia plástica no rosto e estava com a face coberta por faixas. Maryana se mudou para o imóvel com o pretexto de cuidar dele. A morte de Marcelo aconteceu dentro da casa, após a administração de doses excessivas de remédios.>
Ainda de acordo com a polícia, Maryana pediu a ajuda de um amigo, identificado como Ronaldo Bertolini, para se livrar do corpo de Marcelo. Eles queimaram o corpo da vítima dentro de uma chácara alugada em Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo. A dupla tentou enterrar os ossos, mas acabou abandonando o corpo na Estrada Edgar Máximo Zambotto. O corpo só foi encontrado dois meses depois.>
Ao retornar para o ABC Paulista, Maryana assumiu o lugar do amigo, enganou os funcionários do cartório e, usando uma procuração falsa, alugou a casa onde Marcelo morava e vendeu o carro dele."O escrevente narra que uma pessoa do sexo feminino se apresentou no cartório com os documentos originais, todos do Marcelo. E quando questionado a respeito da divergência dos documentos masculinos e de uma pessoa feminina, a pessoa explicou que ela havia feito uma transição de gênero e não tinha mudado os documentos ainda. Mas que na verdade se tratava do próprio Marcelo", explicou o delegado Cristiano Luiz Sacrini Ferreira.A maquiadora também passou a receber o dinheiro dos aluguéis das casas de Marcelo, além da mesada que a tia mandava. >
Em abril deste ano, Maryana apresentou a mesma procuração no banco, mas a gerente, que conhecia Marcelo, suspeitou e avisou a polícia. Maryana e Ronaldo movimentaram cerca de R$ 1 milhão dos bens da vítima. "Maryana se ressentia muito porque ela acredita que, após a cirurgia de transição de gênero, o Marcelo ficaria uma mulher mais atraente, mais bonita que ela própria", declarou o delegado que investiga o caso. Ronaldo Bertolini, amigo de Maryana, ainda é procurado pela polícia. Eles devem responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos.>
Imagem errada Na terça-feira (30), a youtuber e ativista LGBTQUIA+ Luísa Marilac, que ficou conhecida pelo meme 'bons drinks', foi confundida com Maryana em uma reportagem exibida pelo SPTV, telejornal da TV Globo. Ao falar do crime, a emissora colocou no ar um vídeo de Luísa.>
"O vídeo foi postado nas redes sociais dois dias antes da polícia prender Maryana Rimes Paulo, uma mulher trans de 49 anos", diz o repórter sobre o vídeo de Marilac que abre a reportagem. >
Ao final do programa, o apresentador José Roberto Burnier retratou o erro, informou que o vídeo de Luísa estava nas redes sociais da suspeita e que a confusão foi feita pela polícia."No início do programa, nós falamos de um crime lá em São Bernardo do Campo e mostramos um vídeo da youtuber Luísa Marilac como se fosse a suspeita Maryana Elisa Rimes Paulo. O vídeo foi passado pela polícia porque Maryana tinha postado esse vídeo nas redes sociais dela. Agora a pouco, o delegado falou com a nossa produção e admitiu o erro. À Luísa Marilac e aos nossos telespectadores pedimos desculpas", finalizou o jornalista. Veja reportagem:>