Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Rede Nordeste, JC
Publicado em 22 de setembro de 2022 às 14:33
- Atualizado há 2 anos
A bióloga Nathasha Thaise Borges Silva deve pagar R$ 8 mil por danos morais coletivos após fingir ter autismo para não usar máscara de proteção contra covid-19 dentro de um shopping no Recife. Na época do ocorrido, o uso do item era obrigatório segundo decreto estadual.>
Segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), além de burlar a regra sanitária e fingir ser autista, a bióloga publicou o relato em seu perfil nas redes sociais ensinando a prática.>
Nessa quarta-feira (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, Nathasha Thaise firmou um Termo de Ajustamento de Conduta perante MPPE. >
No TAC, ela comprometeu-se a gravar e veicular um vídeo de retratação no Instagram, mesmo veículo utilizado por ela em março deste ano, quando fingiu autismo para não usar máscara em um centro de compras do Recife.>
Ainda de acordo com o MPPE a quantia de R$8 mil, da multa, será repassada a duas instituições de defesa dos direitos das pessoas com deficiência, indicadas pela Sociedade Civil: a Associação Mães e Anjos Azuis e Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down.>
No vídeo, a mulher se retrata pela atitude. "Fingir ter uma deficiência e burlar a lei em benefício próprio não é algo que eu deveria ter feito", afirma.>
"Eu jamais deveria ter me passado por uma pessoa autista para banalizar o uso da máscara dentro de um shopping ou tampouco fazer piada com a condição do autismo e o que ele representa. Eu não consigo mensurar a dor que causei às pessoas com autismo e suas famílias. Publicamente, peço desculpas pelo meu comportamento", completou Natasha.>
“A celebração do Termo teve como objetivo a reparação e não repetição dos danos coletivos perpetrados por Natasha Thaise Borges Silva, quanto a gravação e veiculação de vídeo em seu perfil pessoal na rede social Instagram com teor ofensivo à honra das pessoas com deficiência, notadamente as com transtorno de espectro autista”, explicou o promotor de Justiça Westei Conde y Martin Júnior, no texto do TAC.>