Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Mulheres de 40 discutem representatividade feminina de maneira diversa e inclusiva

Evento foi realizado no Teatro Eva Herz, no Shopping Salvador

  • D
  • Da Redação

Publicado em 20 de março de 2019 às 23:26

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

Mulheres: mães ou não, solteiras ou casadas, cis ou trans, acima dos 40 ou chegando lá. Foi com o bate-papo “Mulheres de 40 - Baianas Retadas e o Universo da Representatividade Feminina” que a coluna QuantA, do CORREIO, assinada pela jornalista Flavia Azevedo, foi realizada pela primeira vez ao vivo, nesta quarta-feira (20), no Teatro Eva Herz, em Salvador.

O evento abordou o “ser mulher” de forma diversa e inclusiva, discutindo o assunto pelo olhar do empreendedorismo, sexo, violências e direitos.

O evento, que faz parte dos 40 anos do jornal, despertou a curiosidade de lojistas e clientes do Shopping Salvador com o desfile Representatividade Feminina nas décadas de 70, 80 e 90, com mais de 30 modelos. Modelos desfilam pelo Shopping Salvador antes do evento (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) A conversa encheu o teatro de mulheres e homens que assistiram atentamente ao bate-papo e interagiam.

Flavia Azevedo defendeu que completar 40 anos é poder tudo, perder os compromissos com os padrões e começar a se apaixonar pela própria individualidade. “Essa é a primeira edição da QuantA ao vivo e a gente espera que seja a primeira de muitas”, disse ela. 

A major Denice Santiago, idealizadora e comandante da Ronda Maria da Penha na Polícia Militar da Bahia, começou assumindo que já passou por um relacionamento abusivo e defendendo que as mulheres sejam livres e sempre donas de seu nariz. “Todas nós sabemos quando algo não está bom em uma relação. Algumas mulheres ainda acreditam na necessidade de ter um homem do lado. Eles são companheiros que você escolhe estar, mas não precisa ser para sempre”, destacou.A baiana de acarajé Elaine Michele Assis, filha de uma das mais famosas baianas de acarajé, Dinha, que morreu em 2008, falou sobre o ser mulher para a profissão. Caracterizada, ela ressaltou que a maioria das baianas é provedora de seu lar e, por conta do trabalho, acaba não tendo parceiros. Ela também defendeu que as baianas se unam para defender os direitos da classe, registrada como profissão no Ministério Público do Trabalho apenas em 2017.

“Precisamos conciliar a gestão do negócio, o ser dona de casa e o ser mãe, além de mulher”, complementou.

A terapeuta tântrica Satta Prem discursou sobre sexo e as amarras que ainda existem sobre o assunto, principalmente para as mulheres. Ela defende que o caminho para a libertação é o autoconhecimento e a conexão com o prazer. 

“Desde cedo, nós somos proibidas de manter contato com o corpo. Mas nosso prazer não está com o outro, está com a gente mesmo”, disse.

[[galeria]]

A advogada Mariana Régis, especializada em Direito da Família e fundadora da Rede Nacional de Advogadas Familistas Feministas, orientou que mulheres se consultem com advogadas, mulheres e feministas, antes de a união ser oficializada para pedir orientações.

“As mulheres estão extremamente sobrecarregadas. Elas trabalham fora de casa com jornadas iguais ou superiores aos homens e ainda têm a segunda jornada com a casa e os filhos. Os homens não se conscientizaram que eles também têm de cuidar dos filhos e ajudar nos trabalhos domésticos. E isso é um lugar injusto, que rouba a potência da mulher de estar nos espaços de trabalho porque 50% das mulheres perdem seus empregos nos dois primeiros anos da licença maternidade”, destacou.

A empresária Kika Maia, 42, ficou atraída pelo evento por ter o feminino como tema.“Eu vim porque me interesso muito por todos os eventos do universo feminino e é muito gratificante ver a evolução e a consciência que cada mulher tem e traz para outras que estão nesse caminho”, afirmou.Realizado pelo CORREIO, o Mulheres de 40 tem oferecimento do Bradesco, patrocínio do Hapvida e apoio de Vinci Airports, Sesi, Salvador Shopping, Unijorge, Claro, Itaipava Arena Fonte Nova, Sebrae e Santa Casa da Bahia. A cobertura completa do evento será veiculada no CORREIO no Bazar desse domingo.