Mulheres ocupam apenas 30% das vagas de cientistas no mundo, diz Unesco

Carla Akotirene e Sônia Guimarães falam sobre a participação feminina na Ciência no programa Mulher com a Palavra, neste domingo (26)

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  • Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2021 às 08:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Um levantamento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) apontou que apenas 30% das vagas de cientista em todo o mundo são ocupada por mulheres. O dado incomoda, precisa ser debatido e é isso que o projeto Mulher com a Palavra fará, convidando Carla Akotirene e Sônia Guimarães para debater o caso.

'Mulheres e Ciência' será o nome da mesa que acontece no próximo domingo (26), mediada pela jornalista Rita Batista. Carla Akotirene é mestra e doutoranda em estudos feministas. Por sua vez, Sônia Guimarães é a primeira mulher negra brasileira doutora em Física e também é pioneira em lecionar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). 

Elas discutirão sobre as importantes contribuições das mulheres no meio científico brasileiro e mundial, a despeito de serem minoria e muitas vezes não reconhecidas.

"Só é possível esse encontro, Mulheres e Ciência, graças a uma crítica feminista à ciência", disse Carla Akotirene em trecho do programa que já foi divulgado. Por sua vez, no trecho 'vazado' da professora Sônia Guimarães, ela fala que faz palestras, lives e aulas em todo o Brasil para convidar mais e mais meninas a se encantar pela Física, por ser uma ciência que explica absolutamente tudo.

O programa marca a quinta temporada do Mulher com a Palara, que seguirá até o próximo mês de outubro. Além do episódio sobre mulheres e ciência, a outra mesa terá participação de Monique Evelle, Margareth Menezes e Preta Rara falando de 'Afrofuturos', prevista para ir ao ar no dia 31 de outubro.

As artistas vão contar como os desdobramentos do conceito de afrofuturismo servem para provocar conversas entre mulheres pretas brasileiras, de diferentes idades e trajetórias, diaspóricas, com identificações. Neste contexto, a estética afrofuturista representa também uma libertação de estigmas e novas ferramentas de expressão e transformação.

Todos os programas são exibidos às 18h na TVE Bahia e também no YouTube da emissora.