Murilo Benício está namorando baiana autora de próxima novela das nove da Globo

Formada em Jornalismo na Ufba, Manuela Dias escreve Amor de Mãe, protagonizada pelo ator

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  • Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2019 às 15:41

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/TV Globo

O ator e diretor Murilo Benício, 47 anos, está namorando a jornalista baiana Manuela Dias, autora de Amor de Mãe, próxima novela das nove da Globo/TV Bahia. Ele será o protagonista do folhetim, que marcará a estreia de Manuela como autora do horário nobre da Globo. O ator, que já se envolveu com suas colegas de trabalho em novelas, tem mantido relação discreta com a autora. Conheça mais sobre ela abaixo.

De acordo com o jornal Extra, só os amigos mais próximos já sabem sobre o casal. Ainda de acordo com o veículo carioca, o romance teria começado durate a fase de preparação para Amor de Mãe, que tem previsão de estreia em novembro. Manuela Dias ganhou destaque na Globo após o sucesso da minissérie Justiça.

O ator volta às novelas após cinco anos, já que não atuava em uma desde o fiasco Geração Brasil (2014). O filho do ator com Alessandra Negrini, Antonio Benício, Negrini, também está no elenco. 

Murilo Benício se separou de Débora Falabella em janeiro, mas só confirmou o rompimento em abril. O término pode ter sido motivado pelo envolvimento de Débora com Gustavo Vaz, seu par romântico na série Aruanas, do Globoplay.

Romances nos bastidores Benício tem uma lista de pares românticos que levou das novelas para a vida real. Em 1996 ele engatou romance com Alessandra Negrini. O casal teve um filho, Antonio, que nasceu no ano seguinte. Eles se separaram em 1999, e no mesmo ano o ator se apaixonou por Carolina Ferraz, que interpretou sua irmã em Por Amor (1997). Eles protagonizaram o filme Amores Possíveis (2001).

Já separado de Carolina, Benício começou a namorar Giovanna Antonelli, que vivia seu par em O Clone (2001). Os dois só assumiram o romance depois de muitos boatos. Eles tiveram um filho, chamado Pietro.

Em 2007, outra atriz virou namorada oficial de Benício: Guilhermina Guinle. O romance começou durante as filmagens do longa Inesquecível. Já em 2012, Benício se aproximou bastante de Débora Falabella durante a novela Avenida Brasil (2012), e os dois começaram um romance.

Em 2016, contracenaram em Nada Será Como Antes, mostrando justamente um romance entre um produtor e uma atriz. Também estiveram juntos no elenco da minissérie Se Eu Fechar Os Olhos Agora (2019).

Conheça a baiana Manuela Dias

A baiana Manuela Dias, 42 anos, começou a ser bastante prestigiada na Globo em 2016. Naquele ano, foram ao ar duas minisséries com roteiro dela: primeiro, foi Ligações Perigosas e em seguida, Justiça. A primeira teve média de 23 pontos de audiência e a segunda, 27. Agora, Manuela se prepara para estrear no espaço mais disputado da dramaturgia brasileira: as novelas.

Manuela chega ao ápice na Globo num momento em que as mulheres estão em alta na emissora. “Acho importante que o lugar de fala seja eclético. Porém, mais importante do que isso é tomarmos cuidado com essa instauração de uma patrulha ideológica. Eu não quero fazer dramaturgia feminina, quero fazer dramaturgia humana”, comentou a autora, em entrevista ao CORREIO, em 2017. Leandra Leal vive Luiza e Manolo Cardona é Adrian em Love Film Festival, estreia de Manuela Dias como diretora de cinema (Foto: Divulgação) JornalistaFormada em jornalismo, Manuela graduou-se na Faculdade de Comunicação da Ufba. Foi conterrânea de baianos ilustres como Jean Wyllys e Wagner Moura, que eram sua sala.Havia também nomes que hoje têm força no cinema local, como Ana Rosa Marques Teixeira, Lula Oliveira e Amaranta César.

A história de Manuela na maior emissora do país é antiga: começou aos 19 anos, como pesquisadora da série Sandy & Júnior. Após oito meses, tornou-se colaboradora da redatora final, Maria Carmem Barbosa. 

Na mesma entrevista, a dramaturga assumiu que seu sonho era mesmo escrever uma novela:“Como dramaturga brasileira, esse sempre foi meu objetivo. É o formato no qual temos a maior excelência no mundo. Agora, estou começando a realizar esse sonho”.Embora as novelas estejam longe de seu auge, quando alcançavam números superiores a 80 ou até 90 pontos de audiência, Manuela ainda comentou que acreditava no formato. “Muitas coisas influenciam o hábito do espectador: tem a internet, um acentuado processo de individualização, a quantidade de trabalho necessário para sobreviver, a reconfiguração da unidade familiar, o tempo no trânsito...”.

Em sua trajetória, destaca-se um momento na formação como criadora de histórias: um curso de vinte dias que teve em Cuba com Gabriel García Márquez (1927-2014), um dos maiores escritores da história. Luiz Fernando Guimarães e Alinne Moraes em Cordel Encantado, primeira colaboração de Manuela Dias como roteirista em novela (Foto: Zé Paulo Cardeal/Globo) A roteirista lembrou-se daquele período especial, na Escuela de Cine y TV de San Antonio de Los Baños: “Eram alunos do mundo todo, entre latinos e jovens de países com uma história ligada à resistência ao capitalismo. Minha turma tinha dez pessoas e eu era a única brasileira. Passamos 20 dias tendo aulas com ele e foi inesquecível”.

Gabo Nas aulas, García Márquez pedia aos alunos que contassem histórias uns aos outros e ele interrompia quando o enredo parecia chato. “Cual és la buena?”, perguntava o autor de Cem Anos de Solidão, sinalizando a monotonia provocada pela monotonia da história. Numa daquelas, “Gabo”, como Manuela o chama, chegou a tirar um rápido cochiclo, enquanto um aluno, a todo custo, tentava melhorar o roteiro. “História chata é aquela que não faz o seu coração bater”, define a dramaturga baiana.

E, para fazer “o coração bater”, a autora gosta de inspirar-se no cotidiano. Tanto que, há alguns anos, ela passou uns dias no Centro do Rio de Janeiro colhendo histórias de cidadãos comuns para ver se, dali, algo lhe inspirava.

“Passei quase dois anos gravando essas histórias para restituir o volume da paisagem humana da cidade. Acho que a gente, para sobreviver e não por mesquinharia, vai aplainando a paisagem humana pra seguir em frente. Só que aquela pessoa que está servindo seu café pode ter perdido a mãe naquele dia”, disse uma vez Manuela à jornalista Bianca Ramoneda, no programa Ofício em Cena, na Glononews. 

Além de escrever para a TV, Manuela escreveu para o cinema roteiros como o de A Hora e a Vez de Augusto Matraga.Também já foi codiretora de Love Film Festival.

A baiana dividiu a direção com Vinícius Coimbra, Bruno Safadi e Juancho Cardona. No filme, Leandra Leal vive Luiza, uma roteirista brasileira, e Manolo Cardona é Adrian, um ator colombiano. Os dois se conhecem num festival de cinema e se apaixonam. A história é desenvolvida em cinco encontros, todos em festivais. Adriana Esteves era Fátima, mulher que decidia matar o cão de um policial (Foto: Estevam Avellar/Globo) Ainda na entrevista que deu ao CORREIO, Manuela fez questão de acompanhar todas as etapas do filme: “Conceito, formar equipe, encontrar parceiros, viabilizar produção, convidar elenco. Tudo”, diz. Mas preferiu recorrer à ajuda dos três colegas. “Não quis mobilizar tantos esforços e arriscar que a minha inexperiente direção não desse conta. Por isso, os convidei. Essa proposta sempre foi muito clara e sempre fluiu contando com a imensa generosidade dos rapazes”, registrou  a diretora.

Em 2017, ela ainda fez questão de ressaltar que não se considera ainda uma cineasta: “Não me vejo como diretora. Não tenho essa ‘entrega profissional’ para fazer. Me vejo como uma roteirista que dirige ocasionalmente”.

Manuela exaltou a qualidade dos roteiristas brasileiros: “Temos João Emmanuel Carneiro, Gilberto Braga, Carol Kotscho, Bráulio Mantovani, Mauro Wilson, Patricia Andrade... E a lista segue”. Mas fes uma ressalva: “Talvez exista ainda um elo a ser reforçado entre diretores e roteiristas, especialmente no cinema”.