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A cobrança de ingressos, no valor de R$ 5, é uma das fontes de receita da Ordem
Saulo Miguez
Publicado em 7 de julho de 2017 às 05:32
- Atualizado há um ano
Quem visita igrejas em Salvador costuma encontrar painéis de azulejos contando parte da história. Mas o patrimônio abrigado pela Igreja da Ordem Terceira de São Francisco parece se perder no tempo: sem conservação, peças descascam. (Foto: Marina Silva/CORREIO)A recepcionista do Museu da Ordem Terceira de São Francisco, Marilice da Silva Natividade, conta que, nos últimos anos, o número de visitantes vem caindo gradativamente - até junho, 22 mil pessoas visitaram o espaço, segundo o diretor executivo da Ordem, Jaymme Baleeiro Neto. “O fluxo baixou muito. Estamos vivendo um verdadeiro luto do turismo”, afirmou Marilice.
Segundo a recepcionista, alguns fatores podem ter contribuído para essa queda de visitantes, entre eles as facilidades da internet e o estado de conservação do acervo artístico. “As pessoas vêm para cá para ver os azulejos. Como eles estão danificados, elas terminam vendo em sites, o que é uma pena”, lamenta ela.
Outro ponto abordado por Marilice é a interdição do Centro de Convenções. Segundo ela, quando o espaço estava em funcionamento, o passeio pelo Centro Histórico estava sempre na rota das pessoas que participavam dos inúmeros congressos que aconteciam na cidade. “Hoje, ficamos muito dependentes da alta estação, quando a cidade está cheia por conta das festas.”
A cobrança de ingressos, no valor de R$ 5, é uma das fontes de receita da Ordem, que conta ainda com a cobrança de aluguéis de alguns imóveis, mas a inadimplência e a desvalorização estão prejudicando a cobrança dos aluguéis, segundo o diretor. Hoje, a Ordem conta com nove funcionários e câmeras de segurança.
O espaço fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h45 e das 13h às 16h30; aos sábados, domingos e feriados funciona sem interrupção.