Mustang Mach 1 tem 483 cv e custa R$ 523.950

Jornalista especializado em autos acelerou em um autódromo a série especial, que vai de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos. Assista ao vídeo e veja a galeria de fotos do esportivo

  • D
  • Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Marcio Bruno/ Ford
Essa é a quarta geração da edição especial Mach 1

Apesar de décadas de história, o Mustang só chegou oficialmente ao mercado brasileiro há três anos. A trajetória no país começou com o GT Premium, que na sequência ganhou a edição Black Shadow - comemorativa aos 55 anos do esportivo. Neste período, 1.732 unidades foram emplacadas no país.

Para este ano, a Ford trouxe outra novidade, a configuração Mach 1. Essa é uma série especial, que já fez parte da linha em outras três oportunidades: 1969, 1974 e 2003. A base, como aconteceu com o Black Shadow, é a mesma do GT, mas na Mach 1 as alterações são mais profundas. Dê play e confira um vídeo com o Mustang Mach 1 na pista Na mecânica, o motor V8 aspirado de 5 litros foi mantido, mas ganhou 17 cv, passando para 483 cv de potência. Essa recalibração foi possível graças ao incremento de componentes provenientes de versões superiores, como do Bullitt e dos modelos preparados pela Shelby, o GT350 e o GT500. Entre os destaques, estão a introdução do sistema de arrefecimento do GT350 e partes da suspensão do GT500. Do Mustang Bullit, o Mach 1 herdou a barra anti-torção.

O desenho da carroceria não mudou, mas alguns apliques deixaram a aparência mais arrojada. Na dianteira, o capô ganha uma faixa preta central com um filete na borda, que pode ser branco, laranja ou vermelho, de acordo com a cor do veículo. O para-choque tem aberturas maiores, e a grade redesenhada adota elementos circulares em referência aos faróis auxiliares ao Mach 1 de 1969.

[[galeria]]

A traseira tem como principal mudança o aerofólio, que ficou menor. Na parte inferior do para-choque, destaque para o difusor central, com formas triangulares, e as saídas de escapamento, itens que vieram do Shelby GT500. Na lateral, além das faixas alusivas à versão, novas rodas. Elas são de 19 polegadas, calçadas com pneus Michelin 225/40 na dianteira e 275/40 na traseira.

O Mustang também ficou conectado e pode ser comandado por meio de um aplicativo para smartphone. Por ele, é possível dar a partida no motor a distância e acompanhar algumas informações do veículo, como autonomia do combustível e pressão dos pneus.

Experiência Tive a oportunidade de testar o Mustang Mach 1 no Velo Città, autódromo no interior de São Paulo que recebe provas da Stock Car. É uma experiência que certamente iria tirar a dúvida de quem tem os R$ 523.950 que a Ford pede pelo modelo, que é importado dos Estados Unidos.

Para quem tem menos familiaridade com um V8, que despeja 56,7 kgfm de torque nas rodas traseiras, é possível ir pegando o traçado da pista e conhecendo o carro aos poucos, alterando os modos de condução disponíveis. Ao todo são sete, entre eles o Pista, que deixa os controles de estabilidade mais permissivos e a transmissão automática operando em modo manual. A avaliação do Mustang Mach 1 foi feita no autódromo Velo Città, no interior de São Paulo Modo escolhido, basta apertar o pedal da direita, sentir o corpo apertar o encosto do banco e ouvir o ronco do V8 invadir a cabine. A suspensão se ajusta rapidamente ao piso graças ao sistema adaptativo com amortecedores Magneride. Para parar, os freios são da Brembo e os dianteiros contam com seis pistões.

Além do desempenho, o esportivo agrada pelas tecnologias de auxílio à condução. Entre elas estão o aviso de ponto cego, muito útil em um veículo com quase 5 metros de carroceria que privilegia o desenho, e um alerta de colisão, com detecção de pedestres e frenagem de emergência. Para completar, além do belo ronco do motor - que pode ser atenuado se o motorista desejar -, há um ótimo sistema de som fornecido pela Bang & Olufsen.

*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA FORD