Na Bahia, ministro anuncia que Exército ajudará a concluir obras da Fiol

Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, fez visita técnica em São Desidério

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  • Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2020 às 16:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Ascom Minfra

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou que o Exército Brasileiro deve assumir as obras do Lote 6 da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol). A informação foi divulgada durante uma visita técnica à obra, em São Desidério, no Oeste da Bahia, nesta segunda-feira (18).

“O Exército vem fazendo um trabalho extraordinário, como foi feito nas obras da BR-163/PA, e agora vai participar das obras do trecho entre Bom Jesus da Lapa e São Desidério”, afirmou Freitas, em vídeo divulgado pela assessoria do ministério. 

O 4º Batalhão de Engenharia de Construção (4º BEC), de Barreiras, e o 2º Batalhão Ferroviário, de Araguari, serão responsáveis pela conclusão do Lote 6, entre Bom Jesus da Lapa (BA) e São Desidério (BA).

Esta é a primeira vez que um batalhão ferroviário das Forças Armadas assume um projeto de ferrovia, desde a implantação Estrada de Ferro do Oeste (Ferroeste), na década de 1990.

O ministro percorreu um trecho da ferrovia, que corta a Bahia, e visitou o canteiro de obras e uma fábrica de dormentes em São Desidério. A cidade é considerada o maior produtor de grãos do país - em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) agrícola da cidade chegou a R$ 3,63 bilhões, um novo recorde para o agronegócio baiano e será beneficiada com a possibilidade de escoar a produção sobre trilho.

As obras são divididas em dois trechos: Fiol 1 llhéus/Caetité e Fiol 2 Caetité/Barreiras.

Executada pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública vinculada ao Ministério da Infraestrutura, a obra vai reduzir os custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados ao mercado externo.

O trecho 2 da Fiol, entre Caetité e Barreiras, tem 485,4 km de extensão, conta com investimento de R$ 2,7 bilhões e encontra-se com 39% das obras executadas. Seu traçado busca conectar a região produtora de grãos do oeste da Bahia ao porto de Ilhéus.

Já o trecho 1 está com o seu projeto de concessão encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU) para, em seguida, ter a publicação do edital de leilão, previsto para o final de 2020. 

Transportes de grãos A Fiol, quando pronta, deve se tornar um importante caminho de escoamento do minério do Sudoeste da Bahia (Caetité e Tanhaçu) e de grãos da região oeste do mesmo estado. A ferrovia também poderá se conectar, futuramente, à malha da Ferrovia Norte-Sul, o que traria melhoria para logística nacional. 

Entre os benefícios esperados, estão a redução dos custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados aos mercados interno e externo; a ampliação da produção agroindustrial da região; e a interligação dos estados de Tocantins, Maranhão, Goiás e Bahia aos portos de Ilhéus, no Sul da Bahia, e Itaqui, no Maranhão.