Na sexta semana de restrições, comerciantes protestam no Nordeste de Amaralina

Eles pedem reabertura dos comércios; prefeitura fala em número altos de covid-19

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  • Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2020 às 10:38

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Um grupo de comerciantes do Nordeste de Amaralina protesta nesta sexta-feira (14) no bairro pedindo a reabertura dos seus negócios. O Nordeste vai para a sexta semana de medidas restritivas que impedem funcionamento de comércios que não sejam essenciais. Já foram 35 dias de intervenção e ontem o prefeito autorizou mais uma semana da ação no Nordeste.

"O Nordeste parou, queremos trabalhar", cantam eles no local. O fluxo de carros da rua foi interrompido. "Qual significado da palavra lockdown? Por que um comerciante pode funcionar e outro não?", questiona um deles ao prefeito ACM Neto.

Ontem, o prefeito reconheceu que o tempo longo de permanência no bairro prejudica os comerciantes, mas afirmou que não é possível encerrar agora as medidas de restrição. "Sei que os comerciantes estão sofrendo bastante pela suspensão das atividades econômicas, no entanto não temos outro caminho. Se a gente não conseguir reduzir esse número de casos, não temos como sair de lá", justificou.

No início da semana, o prefeito também falou das festas paredão que continuam acontecendo no bairro, afirmando que isso prejudicava a região.  "Lamento que isso esteja acontecendo no Nordeste, e talvez isso esteja prejudicando o bairro ao ponto de estarmos há cinco semanas com todas as atividades econômicas fechadas no bairro. Você faz teste rápido lá e não baixa de 33% de casos positvos", disse.

Em 150 testes para covid-19 realizados no bairro ontem 36 deram positivo, segundo a prefeitura. “Espero que essa seja a última prorrogação", afirmou Neto ontem.

Em nota, a prefeitura destaca que os comerciantes têm recebido cestas básicas e salienta que as restrições são necessárias para conter o avanço da covid-19. "As medidas restritivas e ações de proteção à vida no Nordeste de Amaralina foram prorrogadas mais uma vez porque os índices de casos de Covid-19 no bairro continuam crescendo de forma acentuada, e a prioridade da gestão municipal é salvar vidas. Vale frisar que os comerciantes informais do bairro - ambulantes e feirantes - estão recebendo cestas básicas. Em relação ao comércio formal, apenas as atividades essenciais podem abrir para atendimento presencial", diz o texto.

Restrições Nos bairros com as medidas, fica suspensa a realização de qualquer atividade econômica, formal e informal, só sendo permitido o funcionamento de daquelas consideradas essenciais, a exemplo de supermercados, farmácias e estabelecimentos que utilizam o sistema de delivery, sem retirada no local, além de serviços de saúde.

Além disso, os bairros recebem ações de proteção à vida que consistem na distribuição de cestas básicas para trabalhadores informais e entidades sociais que atuam na região, e de máscaras de proteção para a comunidade. Também são ofertados testes rápidos para detecção do coronavírus, medição de temperatura, higienização de ruas, ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e Cras Itinerante.

Vale lembrar que, nesses bairros, mesmo aquelas atividades econômicas liberadas para funcionar nas duas fases de retomada, a exemplo de shoppings centers, bares, restaurantes e academias, devem permanecer fechadas.