Nada mudou: Vitória volta à Série B com derrota para o Cuiabá

Leão perde no Barradão e segue na lanterna; é a sétima derrota em nove rodadas

  • Foto do(a) author(a) Vitor Villar
  • Vitor Villar

Publicado em 9 de julho de 2019 às 21:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho / CORREIO

Tudo o que o torcedor do Vitória queria após essa pausa para a Copa América não era um título da Seleção Brasileira nem nada do tipo. Era, na realidade, um rubro-negro bem diferente do que vinha se apresentando em 2019.

Afinal, foram 28 dias seguidos de trabalho fechado na Toca do Leão, longe dos holofotes de torcida e imprensa. E o que se mostrou nesta terça-feira (9), no reencontro com a Série B? Um time que quase não trouxe novidades.

O resultado final já é bem familiar ao torcedor neste ano: derrota em casa para o Cuiabá por 1x0. Foi a sétima derrota do Leão em nove rodadas da competição. E o time segue na lanterna com apenas quatro pontos.

Foi o 20º gol sofrido pelo Vitória na Série B. Uma média maior que dois gols sofridos por jogo, por exemplo.

Pela frente, mais tempo para trabalhar. O próximo jogo é apenas no dia 19 de julho, sexta-feira, às 21h30, novamente no Barradão, desta vez contra o Criciúma.

O que mudou? Nínguém pode reclamar de Osmar Loss não ter tentado. Foram seis mudanças em relação à escalação da última partida da Série B.

Deu certo: por 15 minutos o Vitória encheu de esperança a sua torcida. Com muita posse de bola, movimentação no ataque e passes certos, o Leão envolveu o Cuiabá.

Parecia um time diferente. Rapidamente o rubro-negro amarelou a dupla de zaga do adversário e foi cruzando a bola na área. Só que em relação ao que realmente importa, que é o chute a gol, o Leão não produziu nada.

Aos 12 minutos Anselmo Ramon foi derrubado na área por Escobar. Pênalti claríssimo. Mas como não tem VAR na Série B, o árbitro não viu.

Do quarteto de ataque, só Gedoz tinha iniciativa. Aos 14, ele cruzou na área e Marcelo cabeceou por cima. Aos 32, o camisa 10 recebeu na direita e chutou cruzado. Victor Souza defendeu e no rebote ninguém apareceu.

Aos 37 o Leão foi o mesmo de antes da pausa para a Copa América. Veja se não parece um roteiro conhecido: após escanteio cobrado em direção à área, Anderson Conceição, totalmente livre, cabeceou do meio da área para fazer o gol. Novidade...

Não voltou melhor No intervalo Osmar Loss fez uma troca que parecia óbvia: Wesley, destaque antes da pausa, no lugar de Marcelo, que não estreou bem.

O rubro-negro partiu para cima. Novamente com Gedoz como protagonista: aos seis o meia cobrou falta colocada, raspando a trave. E aos 11 Chiquinho chutou duas vezes em cima da zaga.

Mais um filme conhecido. Após os 15 minutos iniciais de empolgação o Vitória voltou à mesmice: toca para um lado, toca para o outro e ninguém cria algum perigo.

Tem que se falar também da displicência total de alguns jogadores. Por duas vezes Matheus Rocha recebeu a bola na intermediária e chutou sem direção. Já no terço final de segundo tempo o lateral cruzou sem ninguém na área.

Loss tentou colocar o time no ataque colocando Neto Baiano no lugar de Gedoz, um dos poucos que vinham atuando bem. Aí, o time mostrou sua pior face. Sem qualquer poder de criação, sem troca de passes, sem esquema o Leão terminou o jogo sem criar outra chance.