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Namorada de brasileiro que atacou Cristina Kirchner é presa na Argentina

Polícia investiga se ela o ajudou no ataque à vice-presidente

  • D
  • Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2022 às 07:48

. Crédito: Reprodução

Brenda Uliarte, namorada de Fernando Sabag Montiel, acusado por um atentado contra Cristina Kirchner na Argentina, foi presa na noite do domingo (4) pela Polícia Federal do país.

Kirchner estava na frente da casa dela, em Buenos Aires, quando o atirador se aproximou e apontou uma pistola para o rosto dela, mas a arma não disparou. 

Segundo o jornal Clarin, Brenda foi detida na estação de trem de Palermo, por ordem da juíza Maria Eugenia Capuchetti. O caso está sob sigilo.

A publicação diz que mesmo Brenda tendo afirmado que não via o namorado havia dois dias no momento do atentado, imagens de câmeras de segurança mostraram os dois juntos na véspera do ataque.

Para a polícia, Brenda tentou se distanciar do namorado, mas a investigação apura se ela ajudou ele de alguma maneira no ataque. 

Quem é Fernando? Fernando André Sabag Montiel nasceu no Brasil, mas é filho de um chileno e uma argentina e vive no país vizinho desde 1993. O pai dele, Fernando Ernesto Montiel Araya, foi alvo de inquérito da Polícia Federal para ser expulso de país. 

Aos 35 anos, tem antecedentes criminais e supostas ligações com grupos extremistas. A polícia parou, em 17 de março de 2021, o carro do brasileiro, que estava sem placa traseira. Ao abrir a porta do condutor, uma faca de 35 centímetros caiu no chão. Fernando alegou portar a arma para autodefesa e foi liberado com uma notificação. O homem é registrado como motorista de aplicativo. Ele possui um Chevrolet Prisma preto.

Chamou atenção também que Fernando tem tatuagens referentes ao nazismo e interagia com publicações de grupos extremistas a partir de perfis nas redes sociais que foram retirados do ar. Uma das tatuagens é o “Sol Negro”, símbolo usado por grupos neonazistas.

Trata-se de 12 raios no formato do ícone da “SS”, a Polícia do Estado Nazista, conectados a um círculo preto no centro da imagem. Ele também marcou na pele ícones nórdicos cooptados por simpatizantes do Terceiro Reich.

De acordo com o jornal argentino Clarín, o brasileiro usava o codinome “Salim” no Facebook e no Instagram. Uma das publicações é sobre uma aparição na TV. Ele disse que concedeu a entrevista para fazer críticas ao governo. O texto da postagem encerra com os dizeres: “Nem Milei (parlamentar especulado à disputa presidencial de 2023), nem Cristina”.

O imóvel alugado onde Fernando morava, localizado em Villa Zagala, estava revirado e sujo, segundo o relato de policiais que foram ao local um dia após a tentativa de atentado. A pia do banheiro estava quebrada e o sanitário - que parecia estar entupido há dias - exalava um cheiro forte. No chão, havia uma pilha de cobertores, roupas e alimentos, incluindo vários sacos de batatas.

Foi em meio à bagunça que a polícia encontrou os vibradores, lingeries e o chicote de couro. “O que mais surpreende, além do odor e da sujeira, é a quantidade de elementos fetichistas. Não tínhamos ideia dessa faceta”, afirmou o assistente social Fabricio Pierucchi, amigo do dono da casa, em entrevista ao jornal La Nación.