'Não adianta os bancos ficarem de braços cruzados', critica ACM Neto

Prefeito falou da dificuldade de crédito e pediu que Congresso também faça mais

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  • Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2020 às 10:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Valter Pontes/Arquivo/Divulgação/Secom

O prefeito ACM Neto voltou a criticar o comportamento dos bancos durante a pandemia do novo coronavírus. Nesta sexta-feira (5), Neto afirmou que os problemas gerados pela pandemia devem ser enfrentados pelo poder público, mas também pela iniciativa privada de todos os setores. Ele apresenta hoje um guia de apoio aos empreendedores para este período.

"Continua sendo uma vergonha o que está acontecendo nos bancos. Falei com os empresários que não adianta vocês ficaram na zona de conforto achando que o problema é com o outro. O problema é do poder público e de cada setor da iniciativa privada. Vamos esquecer o mal pagador, mas o empresario que sempre cumpriu as obrigações (impostos, empréstimos e salario) deve ter acesso a recursos", defendeu. "Sobretudo os empresários que depois da crise vao se recuperar", acrescenta.

Para Neto, o Congresso também não está fazendo tudo que pode para resolver a questão da falta de recursos para os empresários. "É preciso que o dinheiro esteja na conta, e não está chegando. Não adianta os bancos ficarem de braços cruzados. Fica registrado aqui meu protesto e meu apelo a Brasília. O Congresso está de braços cruzados, não está tomando as medidas necessárias".

"Os bancos estão sendo o nosso calo. Brasília disse que tem R$ 1 bilhão liberado, mas o dinheiro não chega aqui", ecoou Carlos Andrade, da Fecomércio, também presente no evento.

O guia apresentado por Neto foi feito pela Prefeitura, através da Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis), com o apoio do Sebrae, Fecomércio-BA, CDL Salvador, Associação Comercial da Bahia, Fieb, Finep e BNB. Ele vai dar informações sobre como o empreendedor deve gerir seu negócio na crise, dicas para organizar as finanças, mostrar como abrir uma loja virtual e ter serviço de entrega, além de informar as medidas de apoio do governo para o setor durante a pandemia.