'Não fizemos um grande jogo e temos que admitir isso', avalia Guto após derrota

Diante do Novorizontino, Bahia não conseguiu criar grandes chances de gol

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  • Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2022 às 19:32

. Crédito: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia completou três jogos seguidos sem vencer dentro da Fonte Nova. Dessa vez, o tricolor perdeu para o Novorizontino por 1 a 0, pela 14ª rodada da Série B. Sem criar muitas chances claras dentro do jogo, o técnico Guto Ferreira avaliou que, diferente de outros jogos vencidos pelo Bahia, faltou um aproveitamento melhor do ataque na tarde deste sábado (25).

“Faltou botar a bola para dentro, né? Conseguir ter chances mais evidentes do que as que nós tivemos. A bola atravessou a área, faltou um pé, e quando nós chutamos, chutamos desequilibrados, sem força. Detalhes de bolas que entraram em outras partidas e hoje não entrou. Mas nós não fizemos um grande jogo e a gente tem que admitir isso”, afirmou o treinador.

Guto também fez mudanças no time titular nesta rodada. Promoveu ao onze incial o atacante Vitor Jacaré e o lateral Matheus Bahia. Sobre a entrada do lateral, que saiu machucado durante a segunda etapa, o técnico viu como positiva e disse que não esperava substituí-lo no jogo.

A questão do Mateus [como titular] é que ele estava merecendo a oportunidade, acho que fez um jogo bastante impositivo. Até ele sentir a lesão, ele tomava conta da posição, marcando um jogador bastante rápido e que praticamente não jogou, que foi o Ronald [...] Matheus Bahia foi uma mexida necessária. Sentiu câimbras. A gente nem tinha ideia de mexer ali, tinha ideia de mexer na frente”, explicou.

Outras substituições, como Mugni e Daniel, Guto Ferreira atribuiu a um cansaço físico e afirmou que a equipe teve uma queda de rendimento após a primeira etapa. Ele citou a partida diante do Furacão, pela Copa do Brasil, que aconteceu na quarta-feira, mas disse que iss não é “desculpa” para a derrota.

“O que eu vou colocar aqui não vai ser usado como desculpa, tá? Ele [Novorizontino] veio de uma semana cheia, nós jogamos a Copa do Brasil, numa partida extremamente intensa. Até os 39, 40 minutos do primeiro tempo nós tínhamos o predomínio do jogo. E depois nós fomos caindo, caindo, caindo, reequilibramos um pouco com as trocas, mas acabamos tomando o gol no final porque eles também fizeram as trocas. Infelizmente acabamos perdendo a partida”, disse Guto.

O técnico completou explicando que, mesmo chegando a três derrotas seguidas em casa, a equipe terá tranquilidade para reverter esse cenário: “Futebol é assim, vínhamos de sete triunfos em casa seguidos, e agora temos três seguidos de derrota, sendo um Copa do Brasil. A mesma tranquilidade que a gente estava nós temos que ter agora. Porque não está tudo errado agora e não estava tudo certo naquela época. Sempre colocando os pés no chão. Agora também nós temos que ter os pés no chão e mais do que isso, cabeça erguida. Cabeça erguida para poder buscar a recuperação fora de casa”.

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A escolha de Matheus Bahia no lugar de Luiz Henrique foi por alguma questão física ou foi uma opção sua de não colocá-lo?

- A opção do Luiz passa sim pelo que aconteceu no jogo passado, deu uma respirada e no próximo jogo volta. É importante esse tipo de situação.

Queria que você falasse o porquê das substituições.

- Borel foi um choque de cabeça. Passou mal no intervalo e já tinha um cartão amarelo. Mesmo que ele estivesse mais ou menos, em condições de voltar, imagine ele mais ou menos e ainda um cartão amarelo. Qual seria o final? Mugni também foi a questão de cansaço e nós tentamos com a entrada do Gregory, que é um jogador que tem poder de articulação. Mas acontece que o time ficou muito aberto e a gente estava sendo pressionado defensivamente. E aí quando Daniel acusou também o cansaço, nós reequilibramos. Por isso que a gente não pôs o Warley, que era a ideia.

Jogar com Gregory, Rezende e Warley. Mas por que não colocamos? Porque não estava respondendo com aqueles dois volantes ali. Então a gente precisava pôr um pouco mais de força para a gente controlar. Quando a gente melhora o meio-campo, conseguimos sair um pouco mais, porque até então a gente não estava nem saindo [para o ataque]. A bola estava batendo e voltando. Aí o começou a ter mais aproximação. O Gregory conseguiu conduzir o time um pouquinho mais à frente. Emerson conseguiu segurar um pouco mais atrás. Só que numa dessas nós tomamos o gol. A gente tinha ideia de trocar o Davó também. E botar o Marcelo [Ryan] que é um jogador de força que a gente precisava ali. Mas a saída do Matheus Bahia impossibilitou.

Hugo Rodallega é o principal jogador da equipe e um atleta que volta de lesão, mas não consegue se firmar. Talvez hoje tenha sido a pior partida do Hugo. Como preservá-lo de um futuro dentro do clube? Seria colocá-lo no banco de reservas?

- Não é banco de reservas. É ser inteligente em termos de aproveitamento, né? Nessa sequência que nós estamos, sem semana cheia, temos que segurar ele daqui a pouco, usar ele menos do que nós estamos utilizando numa determinada parte do jogo. Para ele ser decisivo é tentar jogar as peças da melhor maneira possível, para que a gente possa ter as peças mais inteiras.