'Não há chance de pena de morte', avalia advogado de brasileira presa na Tailândia

Mary Helen, de 22 anos, foi presa no aeroporto com cocaína escondida na mala

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  • Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 13:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A brasileira presa em flagrante por tráfico de drogas no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, não corre risco de ser condeada à pena de morte, na avaliação do advogado que a família contratou, o criminalista Telêmaco Marrace. Mary Helen Coelho da Silva, de 22 anos, foi presa com outros dois brasileiros com 15,5 kg de cocaína, na segunda (14).

"Na Tailândia, não se aplica esse tipo de punição no tipo de droga que ela estava levando, que possivelmente era cocaína. A última legislação do país diz claramente que apenas o tráfico de heroína gera essa condenação", afirma o advogado para o Uol. A luta da família é para que Mary Hellen consiga cumprir a pena no Brasil.

Mary Hellen vive no interior de Minas Gerais, mas saiu do Brasil de Curitiba (PR). Sem passagem pela polícia, a jovem pode ter sido usada como uma "mula", sem saber o que levava na bagagem, acredita o defensor. 

"Eu creio que essa menina foi fisgada. É o termo chamado "angel fisherman", ou seja, o anjo pescador. É muito comum emissores de traficantes atuarem em baladas e redes sociais aliciando mulheres em situação de vulnerabilidade financeira ou emocional. Eles se pintam de príncipes encantados prometem mundos e fundos e levam essas moças para as armadilhas. São eles que preparam as malas", diz.

A estratégia do advogado vai ser tratar o caso de Mary Hellen isoladamente. Ele avalia que a quantidade de drogas especificamente na mala dela, 9,5 kg, não é alta para os padrões de apreensões na Tailândia. "Acredito que ela deva cumprir uma pena intermediária, ficando alguns anos presa, apenas cinco.

A jovem pediu demissão do emprego uma semana antes de viajar para Tailândia, sem revelar à família. Ela tentava abrir uma loja de doces com a irmã e tinha retomado os estudos. 

Na segunda, ao chegar em um voo com outro brasileiro, os dois foram presos depois que funcionários encontraram drogas nas malas. No mesmo dia, um terceiro brasileiro chegou em outro voo com mais cocaína na mala.