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Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 12:34
- Atualizado há 2 anos
Não há informação suficiente para concluir que o epicentro da pandemia de covid-19 tenha sido um mercado de frutos do mar na cidade chinesa de Wuhan, disse na terça-feira (9) a comissão que a Organização Mundial de Saúde (OMS) formou para pesquisar a origem do Sars-Cov-2. Foi de lá a primeira notícia de infecções por este coronavírus.>
A equipe de cientistas chegou a Wuhan em 14 de janeiro. Eles fizeram duas semanas de quarentena e visitaram vários locais na cidade, além de se reunirem com especialistas do Instituto de Virologia de Wuhan, que pesquisa o coronavírus.>
A possibilidade do mercado em Wuhan ser o epicentro da pandemia surgiu porque foi na cidade que se registrou os primeiros caso e na época a pneumonia de causa desconhecida atingiu pessoas que estavam relacionadas ao local. Pesquisas feitas depois também mostraram presença do Sars-Cov-2 em outros mercados e em pessoas sem conexão a estes locais.>
O primeiro contágio relatado no mercado foi em 12 de dezembro de 2019, mas estudos posteriores apontam casos comprovados em 8 de dezembro, em pacientes sem relação com o local, segundo Liang Wannian, chefe do painel de especialistas da comissão.>
A comissão concluiu também que a hipótese do vírus ter "vazado" de um laboratório é "extremamente improvável" e não merece mais atenção. Visitas a laboratórios e conversas com cientistas locais mostraram que o Sars-Cov-2 não era estudado na cidade.>
A versão de que o novo vírus teria sido produzido em laboratório e depois disseminada já foi refutada internacionalmente, acrescentou a comissão.>
Hipóteses A comissão investiga três hipóteses para a origem da pandemia.>
1) Transmissão direta de uma espécie animal silvestre para um humano 2) Introdução do vírus em uma espécie intermediária, mais próxima dos humanos, no qual ele circulou por um tempo e depois foi transmitido aos homens 3) A presença do vírus em alimentos, especialmente os congelados>
A equipe não encontrou evidências definitivas para especificar um hospedeiro animal original para o coronavírus. Morcegos e pangolins são apontados como possíveis fontes, mas não é possível garantir a associação. O presidente da equipe de investigação, Ben Embarek, diz que embora pesquisas apontem para um reservatório natural em morcegos, é improvável que eles tenham sido a fonte primordial do contágio em Wuhan. >
A comissão afirmou tabmém que não é possível estabelecer a contaminação de humanos pelo Sars-Cov-2 antes do final de novembro de 2019. Embora os sequenciamentos mostrem que o Sars-Cov-2 estava circulando algumas semanas antes dos casos relatados em Wuhan, a revisão de dados de hospitais, bancos de sangue e centros de vigilância sanitária da região não enocntraram presença dele em humanos até meados novembro.>
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