'Não sabia se era tiro ou era bomba', diz moradora sobre explosões na Caixa D'Água

Moradores da região ficaram assustados com incêndio em contador de energia

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  • Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2022 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Foto: Arisson Marinho/CORREIO)

Durante as pequenas explosões que aconteceram na Rua Aurélio Rodrigues da Silva, no bairro Caixa d'Água, na madrugada de terça-feira (18), quem passou por maus bocados foram os moradores do prédio onde um contador de energia residencial pegou fogo. A fumaça entrou nos apartamentos, o que obrigou os moradores a ficarem fora de suas casas até as 10h. Para piorar, os danos no equipamento causaram uma falta de luz no apartamento do terceiro andar, onde vive uma senhora de 83 anos. 

A Polícia Militar identificou um explosivo fixado a uma motocicleta, que havia sido parcialmente danificada e explosivos espalhados em diversos pontos da rua, além do contador de energia residencial que estava danificado. Antes dos policiais chegarem ao local, os moradores do bairro se organizaram para conter o fogo causado pelas bombas. Monique Barbosa, de 34 anos, conta que acordou desesperada, por volta das 4h20, e sua casa cheia de fumaça. Quando percebeu o que estava acontecendo, a confeiteira foi correndo tirar seu bebê que dormia ao lado da parede que tem uma janela que dá para a rua. “Eu estava assustada, não sabia discernir se era tiro ou era bomba. Pedi para o meu esposo olhar e tinha uma moto e o contador do nosso prédio pegando fogo. A gente se desesperou, queríamos sair de casa com as crianças, tinha muita fumaça, parecia que ia pegar fogo com a gente dentro”, relata.  Monique conta que o marido desceu desesperado pelas escadas do prédio e conseguiu apagar o fogo da moto e do contador usando um extintor com ajuda dos vizinhos. Todos eles saíram de casa por volta das 4h40 por causa da fumaça e do aviso dos policiais, que informaram que havia uma mochila suspeita pendurada no portão da casa do térreo. “Ficamos na rua até uma 10h ou 11h horas, com cinco crianças, uma de 1 ano, outra de 4, duas com 10 e mais uma com 11”, conta.  A confeiteira tem problemas respiratórios e tossia muito durante a entrevista por causa da fumaça que inalou durante o ocorrido. A prima da confeiteira, Leonísia Regina Silva, 31, que mora no térreo do prédio, também estava dormindo quando acordou com os barulhos da explosão. ‘Eu não me dei conta da proporção do ocorrido, achei que eram pessoas soltando bombas. Quando eu olhei era o contador do meu prédio que pegava fogo. Me desesperei e fui ver se minha avó, de 83 anos, estava bem”, explica.  De acordo com Leonísia, o apartamento da sua avó, que fica no segundo e último andar do prédio, chegou a ficar sem luz por conta dos danos no contador. Depois das 11h, a Coelba se dirigiu ao local e trocou o equipamento. A atendente afirma que a rua é ‘super calma’ e que casos como esses não são recorrentes. 

A Polícia Civil investigará a autoria e a motivação. A suspeita é de que o explosivo tenha sido deixado por um homem. Câmeras de segurança flagraram o momento em que ele deixa o local correndo, na madrugada de terça. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo