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Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2021 às 14:16
- Atualizado há 2 anos
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e correligionários usaram as redes sociais para criticar os protestos deste sábado, 3, contra o governo. O presidente publicou vídeo de confronto entre policiais e manifestantes em São Paulo, e aproveitou para criticar o sistema eleitoral e a imprensa. As manifestações contra Bolsonaro ocorreram neste sábado (3), em todo o país.>
"Esse tipo de gente quer voltar ao Poder por um sistema eleitoral não auditável, ou seja, na fraude. Para a grande mídia, tudo normal", escreveu Bolsonaro. O vídeo que acompanha a postagem é da Globonews e mostra um grupo de pessoas arremessando objetos em policiais na Rua da Consolação, em São Paulo, onde foram registradas depredações de estabelecimentos e pontos de ônibus. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) usou tom de campanha em uma postagem. "Nunca foi tão fácil escolher", escreveu, com a hashtag 'Bolsonaro 2022'. A frase é legenda para um vídeo de ato a favor do pai com pessoas rezando. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, atacou o governo de João Doria com outro vídeo de policiais em choque com manifestantes: "Ainda não publicaram o valor que o governo do estado de SP gastou com as 'manifestações pacíficas' de ontem, nem o valor das multas para as pessoas que estavam sem máscaras". Na noite de sábado, Bolsonaro já havia reagido associando os episódios de violência com as críticas ao seu governo. Com uma sequência de fotos de depredações, o presidente escreveu: "Nenhum genocídio será apontado. Nenhuma escalada autoritária ou "ato antidemocrático" será citado. Nenhuma ameaça à democracia será alertada. Nenhuma busca e apreensão será feita. Nenhum sigilo será quebrado. Lembrem-se: nunca foi por saúde ou democracia, sempre foi pelo poder!" As postagens negativas para o governo, porém, predominaram ontem, durante as manifestações. Ainda hoje, o termo "ladrão de vacina' estava entre os mais usados no Twitter, em referência à suspeita de propina em negociações para compra da vacina AstraZeneca. Dentre a base de Bolsonaro nas redes, a hashtag que mais tinha destaque era 'esquerda criminosa', que em geral reproduzia os vídeos de vandalismo em São Paulo. >