Nissan Kicks topo de linha tem bons equipamentos e faz 12,2 km/l na cidade

Jornalista especializado analisa os pontos positivos e negativos do SUV que foi atualizado recentemente

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 6 de agosto de 2021 às 11:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO
Todas as versões têm seis airbags e na topo de linha é possível escolher a cor do acabamento interno por Fotos: Nissan

Apesar da produção inicial do Kicks ter sido no México, o SUV compacto da Nissan estreou primeiro no Brasil. Isso foi em 2016, quando o fabricante japonês era patrocinador dos Jogos Olímpicos, que foram realizados no Rio de Janeiro. Posteriormente, o veículo começou a ser feito no país e, gradativamente, suas vendas cresceram.

Quase cinco anos depois do lançamento, bastante para os parâmetros atuais da indústria automotiva, o Kicks ganhou sua primeira atualização estética, mas manteve a mecânica.  Dê play e confira a avaliação do Kicks Exclusive A parte visual agora está alinhada globalmente, ela começou a ser ajustada na Ásia, no final do ano passado. A principal novidade está concentrada na dianteira. Novos faróis, grade e para-choques. Atrás, a mudança foi menor, mas as lanternas ganharam iluminação em LED - que também foram incorporados às luzes de direção dos retrovisores externos. E as lanternas traseiras foram unidas por um filete de LED. 

O para-choques traseiro também foi modificado e ficou com aspecto mais robusto. No teto, que continua tendo a possibilidade de uma cor distinta da carroceria, foi instalada uma antena estilo barbatana de tubarão. O para-brisa agora tem tratamento acústico, para reduzir os ruídos no interior.

A motorização foi mantida e é única para todas as versões. Com gasolina e/ou etanol, o motor 1.6 litro e 16 válvulas produz 114 cv de potência a 5.600 rpm e torque de 15,5 kgfm a 4 mil rpm. O propulsor pode parecer antiquado, já que a concorrência oferece diversas opções turbinadas, mas o engenho que equipa o Kicks é eficiente. 

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A transmissão pode ser manual de cinco velocidades, que equipa apenas uma opção, ou automática do tipo CVT para as demais. O conjunto motriz é bem calibrado e, graças também ao baixo peso do veículo (1.139 kg), o consumo é baixo. Em nossa aferição, o consumo urbano com gasolina foi de 12,2 km/l e em rodovias a média ficou em 13,8 km/l.

MERCADO Atualmente, mais da metade das vendas da Nissan no Brasil são desse produto, que é o terceiro SUV compacto mais emplacado na Bahia neste ano. O preço parte de R$ 96.040, custo da versão Sense com câmbio manual. Com a transmissão CVT, fica R$ 8 mil mais caro. A versão Advance custa R$ 112.490 e a Exclusive sai por R$ 122.490.

As maiores novidades tecnológicas são restritas a um pacote da versão topo de linha, como a que testamos. Por R$ 4.500 a mais, a Nissan inclui um sistema de monitoramento de ponto cego, um alerta de mudança de faixa, alerta de colisão frontal, frenagem de emergência e faróis automáticos. São itens bastante úteis, que auxiliam o motorista em uma eventual distração.

O valor médio de cada uma das seis primeiras revisões é de R$ 520,50. A manutenção programada deve ser feita no intervalo de um ano ou 10 mil km.

Essa atualização dará novo fôlego ao Kicks nesse mercado de SUVs compactos, que do ano passado para cá recebeu o Chevrolet Tracker e o Renault Duster renovados e o inédito Volkswagen Nivus. Neste ano, o Renault Captur foi atualizado, o Hyundai Creta será renovado em breve e a Fiat irá lançar o inédito Pulse, seu primeiro produto nesse segmento. O motor híbrido, que já estreou no exterior, pode equipar o Kicks ano que vem.