Nova base do Samu é inaugurada na Pituba

Objetivo é atender mais rapidamente bairros próximos

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  • Gabriel Amorim

Publicado em 5 de setembro de 2019 às 17:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

Foi inaugurada nesta quinta-feira (5) uma nova base de atendimento do Serviço Móvel de Urgência (Samu). A estrutura, que contará sempre com duas ambulâncias no local, fica na Praça Wilson Lins, na Pituba, ao lado da Arena Aquática. O objetivo é agilizar os atendimentos do bairro, além de regiões próximas, como Amaralina, Itaigara, Stiep, Costa Azul e Santa Cruz.

Além de uma nova base, a capital baiana também recebeu 22 novas ambulâncias para renovação de frota. A cerimônia de inauguração contou com as presenças do prefeito ACM Neto, o secretário municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), vice-prefeito Bruno Reis, além do secretário municipal de Saúde, Leo Prates, e outras autoridades.

No evento, o prefeito reconheceu a importância do serviço de urgência e a qualidade do trabalho realizado na capital baiana. “Salvador passou a ser referência para o Brasil. Nos grandes eventos que acontecem no país, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, as pessoas vêm aprender com Salvador como se faz a operação de assistência a saúde, de atendimentos às questões de emergências em grandes eventos. Não apenas nisso, mas também somos exemplo no atendimento diário”, elogiou.  Prefeito ACM Neto compareceu ao evento acompanhado do vice-prefeito Bruno Reis e do secretário de saúde Léo Prates (Foto: Max Haack/Secom) Neto destacou também a importância de contar com bases descentralizadas na cidade. "Nós mais do que dobramos, nesta gestão, o número de bases do Samu, com sete entregas. Isso tem significado preservação de vidas. Quanto mais próxima a ambulância estiver de uma ocorrência, maiores as chances de se preservar aquela vida vitimada por um acidente", destacou. 

Já Léo Prates explicou aa escolha pela Pituba como bairro contemplado. “Uma base como essa é fundamental para salvar vidas, para diminuir o tempo de atendimento no socorro à vida. Na Arena Aquática precisamos dar um atendimento de urgência e emergência nas grandes competições. Além disso, essa é uma área central e onde enfrentamos mais engarrafamento”, justificou.

Além disso, a região abrange avenidas de tráfego intenso, como a Manoel Dias da Silva e a ACM, que têm um histórico grande de ocorrências. Antes da nova base, os casos dessas regiões eram atendidos por um ponto nos Barris. 

Outras bases A base inaugurada nesta quinta é a 13ª base da cidade. Existem estruturas semelhantes no Aeroporto, Centenário, Piripiri, Pau Miúdo, Hospital Municipal em Cajazeiras, Hospital Roberto Santos, Faculdade Jorge Amado, Dendezeiros, Valéria, Paripe, San Martin e no Terminal Marítimo. A unidade descentralizada inaugurada na Arena Aquática terá área administrativa, refeitório e dormitório, além de receber apoio da Guarda Civil Municipal.

O médico Ivan Paiva, coordenador de atenção às urgências do município, comemorou o crescimento de instalações.

“Salvador é uma cidade que tem 700 km² de extensão, 3 milhões de pessoas, e alguém pode passar mal em qualquer lugar. Quando isso acontece, é preciso que o socorro chegue rápido. Se a gente colocasse todas as ambulâncias em uma só base, esse socorro podia demorar mais de uma hora para chegar, o que seria arriscado", opinou. Frota de ambulâncias do Samu foi 100% renovada com a entrega de 22 novos veículos (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Nos 13 pontos espalhados pela cidade, ficam distribuídas as 41 ambulâncias da frota baiana. Destas, 19 foram renovadas com novos veículos no Carnaval, em março passado, e outras 22 foram entregues nesta tarde.

As ambulâncias são divididas em unidades de atenção básica e avançada. As estruturas de suporte básico são tripuladas por um técnico de enfermagem e um motorista. Já as avançadas possuem UTI móvel e contam com enfermeiro, médico e condutor. 

Mil ligações  Segundo o coordenador dos serviços de urgência, o Samu recebe uma média de mil ligações por dia. “As principais ocorrências são clinicas, todo mundo vê o Samu na rua. São ambulâncias que estão atendendo acidentes, mas o principal volume de atendimento é de pacientes clínicos, que são aqueles com hipertensão, diabetes, AVC, infarto, vítima de quedas”, relata Paiva.

As saídas de ambulância ocorrem de 250 a 300 vezes por dia. “Muita gente liga para tirar dúvida, pegar uma orientação mais específica. Mesmo que a pessoa tenha dúvida, se o caso é de urgência, pode ligar que temos uma equipe para orientar e, se for o caso, deslocar a ambulância”, finalizou o coordenador. 

O Samu também sofre com um grande problema. A cada 100 ligações, pelo menos 30 são trotes. “Isso tem até diminuído, graças às ações que a gente vem implementando nas escolas, fazendo conscientização da importância desse serviço. Logo que o Samu abriu, os trotes eram 85% das ligações”, conta Ivan.  

*Com supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro