'Nunca tivemos essa situação na pandemia', diz Bruno Reis sobre sistema de saúde pressionado

No início desta segunda-feira (15), 137 pacientes aguardavam leitos na fila de regulação

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  • Da Redação

Publicado em 15 de março de 2021 às 07:38

- Atualizado há um ano

. Crédito: Valter Pontes/Secom

Quase 15 dias após o início das medidas mais restritivas em Salvador o sistema de saúde da cidade continua pressionado pelos casos de covid-19. No início desta segunda-feira (15), 137 pacientes aguardavam leitos, sendo 80 para UTI e 103 foram regulados, segundo o prefeito Bruno Reis.

"Somando os números, chegamos a 240. Esse é o maior número desde o começo da pandemia. A pressão aumentou no nosso sistema. Tanto rede pública quanto privada", disse o prefeito, durante entrevista à TV Bahia, nesta segunda-feira (15). "São 28 estruturas montadas pela prefeitura e que não estão dando vazão à demanda, e nunca tivemos essa situação na pandemia", completou.

No entanto, as medidas mais duras já têm reflexo nos dados epidemiológicos, com a redução no número de casos ativos da doença em Salvador. "Os números começam a desacelerar. Aqui em Salvador o número de casos ativos vêm diminuindo, o fator RT [taxa de transmissão] caindo, novos casos por dia caindo. Só que nas UPAs, na rede de saúde, a pressão é cada vez maior. Esse esforço que estamos fazendo mostra que estamos no caminho certo. Tudo isso está repercutindo nos números epidemiológicos, mas o sistema de saúde está pressionado, e isso é fruto do crescimento que ocorreu de forma rápida em todo o Brasil e ainda estão impactando muito no nosso sistema de saúde", explicou o prefeito. 

Por isso, as medidas foram prorrogadas até a próxima segunda-feira (22). "As UPAs ainda estão atendendo, com dificuldade, mas estão atendendo, mas nós podemos chegar ao limite de nao conseguir mais regular pacientes. A gente espera que os números possam ceder, porque estamos chegando no limite de abertura de leitos", afirmou Reis.

Sobre a retomada das atividades não-essenciais em Salvador, o prefeito disse que o parâmetro de 80% de ocupação dos leitos continua valendo para a reabertura. Um plano já foi traçado e está pronto. Segundo o prefeito, as atividades devem voltar de forma escalonada para impactar menos no sistema de saúde.