O Brasil e a Bahia no Pan-Americano de Lima

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 13 de agosto de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O Brasil fez uma campanha histórica nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Mesmo com uma delegação menor que em Toronto-2015, o desempenho foi bem superior, a ponto do segundo lugar no quadro geral ser conquistado com uma certa tranquilidade, um resultado que o país não conseguia desde os Jogos de São Paulo-1963. Canadá e Cuba, nossos adversários na teoria, ficaram atrás do México, grande surpresa da edição.

Evidentemente, há um resultado da preparação que se deu para o Jogos Olímpicos do Rio, há três anos. Ali começou o treinamento mais apurado de gente como Ygor Coelho, Hugo Calderano e Isaquias Queiroz, por exemplo. O surfe, novo esporte em Lima, também contribuiu com quatro medalhas, sendo dois ouros.

Mas vamos nos ater ao desempenho dos baianos. Ainda que tenhamos conquistado cinco medalhas de ouro, considero que nossos atletas ficaram, no geral, aquém do esperado. Eu esperava uma medalha tanto da dupla Andrea Oliveira e Ângela Aparecida (C2 500m) como de Valdenice Conceição (C1 200m) na canoagem velocidade e ambas terminaram em 4º lugar.

Erlon Souza e Isaquias Queiroz também eram certeza de pódio na C2 1.000m, mas Erlon acabou se sentindo mal. No C1 1.000m, onde era amplo favorito, Isaquias não decepcionou e ficou com o ouro.

Na natação, Ana Marcela e Breno Correia cumpriram o esperado. A primeira traz o ouro nos 10km da maratona aquática e Breno ganhou cinco medalhas, sendo duas de ouro e três de prata. No entanto, Victor Colonese e Allan do Carmo ficaram fora do pódio nos 10km. Victor esteve perto, com um 4º lugar.

Também na água, Juliana Duque e Rafael Martins trazem uma boa medalha de bronze na classe Snipe. A pena é só que a classe não é mais olímpica. Assim, se quiserem ir para Tóquio-2020, teria que ser em outra, o que o tempo, evidentemente, se mostra curto. No remo, Fábio Moreira traz o bronze no quatro sem, uma boa participação.

Nos esportes de combate, Keno Machado e Hebert Conceição chegaram onde podiam, na prata. Keno tem o ‘azar’ de estar na mesma categoria de um monstro, o cubano Julio Cezar La Cruz. Já Hebert fez uma final mais equilibrada com o também cubano e campeão olímpico Arlen Cardona, mas também ficou no 2º lugar. Ambos são muitos jovens e têm muito que aprender ainda, mas já mostram o futuro do nosso boxe. No Caratê, Williames Souza era zebra e ficou longe do pódio no kata.

No fisiculturismo e no tiro esportivo, Juscelino Nascimento e Jefferson Portela, respectivamente, nem chegaram na final. Carlos de Oliveira Santos terminou os 1.500m em 6º lugar, um resultado dentro do previsto.

No basquete, Isabela Ramona fez parte do grande resultado da seleção feminina, que bateu os EUA na final. Já Cledenilson ‘Pingo’ decepcionou com a seleção masculina de vôlei. Ainda que seja uma equipe B, dava para conseguir coisa melhor que o bronze. No BMX race, Paola Reis traz na bagagem uma prata que vale muito. Ficou só atrás da bicampeã olímpica Mariana Pajon e, o que importa muito pra vaga em Tóquio-2020, à frente da também brasileira Priscila Stivaux.

Ao todo, foram cinco ouros, seis de prata e três bronzes, o que nos deixaria no 14º lugar no quadro de medalhas, logo atrás da Jamaica e à frente de Porto Rico. Parece uma boa, mas dava pra ter chegado um pouquinho mais pra frente.

Ivan Dias Marques é subeditor do CORREIO e escreve às terças-feiras